As coloridas Turmalinas
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As Turmalinas são um grupo de minerais responsável por gemas de variadas e intensas cores. As mais conhecidas são as de cor verde, que em tempos foram denominadas de esmeraldas brasileiras.
As turmalinas representam um grupo de minerais que se podem encontrar numa grande variedade de cores e também multi-coloridos. As mais divulgadas são as de cor verde, que em tempos foram denominadas de esmeraldas brasileiras. São constituídas por silicatos complexos com boro, alumínio e metais (magnésio e ferro, entre outros), e ainda vestígios de outros elementos. A “variabilidade” composicional que podem apresentar, dentro de certos limites, contribui para a grande diversidade de cores em que estes minerais se apresentam.
Pertencem ao sistema trigonal e têm uma dureza de 7 ou ligeiramente superior, na escala de Mohs. Os seus cristais prismáticos (de 3 ou 6 lados), com faces convexas e estriadas, são muito apreciados, principalmente quando terminam com faces piramidais. São frequentes os cristais de quartzo com turmalinas incluídas, alguns constituindo exemplares de colecção. Devido à sua estrutura cristalina, os cristais com simetria polar apresentam propriedades piroeléctricas e piezoeléctricas, ou seja, desenvolvem cargas eléctricas quando aquecidos ou submetidos a pressões direccionadas, permitindo a sua utilização em aparelhos de precisão.
Pertencem ao sistema trigonal e têm uma dureza de 7 ou ligeiramente superior, na escala de Mohs. Os seus cristais prismáticos (de 3 ou 6 lados), com faces convexas e estriadas, são muito apreciados, principalmente quando terminam com faces piramidais. São frequentes os cristais de quartzo com turmalinas incluídas, alguns constituindo exemplares de colecção. Devido à sua estrutura cristalina, os cristais com simetria polar apresentam propriedades piroeléctricas e piezoeléctricas, ou seja, desenvolvem cargas eléctricas quando aquecidos ou submetidos a pressões direccionadas, permitindo a sua utilização em aparelhos de precisão.
O termo deriva do cingalês turamali, que significa “pedra que atrai a cinza” e que designava as pedras importadas do antigo Ceilão, actual Sri-Lanka. (Carvalho, 2000).
Na maioria destas gemas pode-se observar um distinto a forte pleocroísmo, ou seja, cores diferentes de acordo com a direcção em que a pedra é observada; podem ser vistas duas cores distintas ou diferentes tons da mesma cor. As amarelas tendem a ter um fraco pleocroísmo.
Neste grupo de minerais, e de acordo com a sua composição química, distinguem-se as espécies: escorlite, rica em Ferro e de cor negra; dravite1, rica em Magnésio e com cores acastanhadas a amarelo pálido; elbaíte2, rica em Lítio e Sódio e de cores variadas. Recentemente, em 1977, foi separada como espécie mineral a liddicoatite, uma turmalina rica em Lítio e Cálcio, policromática, que provem essencialmente de Madagáscar. Foi denominada em honra de R. T. Liddicoat (presidente do GIA3), pelos seus contributos na área da gemologia.
Ainda, para distinguir entre as diversas turmalinas, é comum o uso dos termos rubelite para designar as de tons rosado ou encarnado, verdelite as verdes e indicolite as azuis.
Os zonamentos de cores são muito comuns entre as turmalinas e, geralmente, quando cortadas perpendicularmente ao eixo do crescimento dos cristais exibem padrões geométricos muito apreciados. Nas liddicoatite observa-se por vezes, num núcleo rosado, uma espécie de estrela de 3 eixos, fazendo lembrar o símbolo da Mercedes Benz. As turmalinas verdes por fora e encarnadas por dentro são usualmente designadas de watermelon (ou melancia), por fazerem lembrar este fruto.
Por fim, entre as variedades mais belas e dispendiosas de turmalinas, encontram-se as comercialmente denominadas de turmalinas de Paraíba – elbaítes cupíferas – que apresentam cores impressionantes de verde forte e azul “vivo”. Foram descobertas em 1982, no nordeste brasileiro, no estado de Paraíba, e são vestígios de cobre, presentes na sua composição química, que lhes conferem as suas impressionantes cores intensas.
Talhe: Geralmente o material com mais do que uma cor é cortado em taliscas ou esculpido, de forma a evidenciar os padrões geométricos. As turmalinas de uma cor costumam ser facetadas e o material de menor qualidade transformado em esferas para colares ou cabuchões; são também cortadas em cabuchão as turmalinas que, por conterem numerosas inclusões orientadas, podem mostrar o efeito óptico de olho-de-gato ou Chatoyance.
Tratamentos: As turmalinas, como tantos outros minerais, sofrem muitas vezes tratamentos para melhorar a sua aparência: o mais comum é por aquecimento, com o intuito de aclarar espécimes muito escuros ou então para retirar tons indesejáveis na cor. Também a irradiação pode ser utilizada para produzir cor.
Ocorrência: As turmalinas aparecem essencialmente em pegmatitos (rochas intrusivas, geneticamente relacionadas com grandes massas de rochas ígneas, geralmente granitos). Apresentam minerais de grandes dimensões (por vezes gigantes), que se desenvolvem nas fases finais de cristalização do magma. Também ocorrem em rochas metamórficas. Os pegmatitos podem ter diversas formas e tamanhos. No nordeste brasileiro, onde são encontradas as turmalinas paraíba, apresentam-se em lineamentos finos de rochas, que vão desde alguns centímetros até 2 – 4m, no máximo, sendo certo que os diques mais produtivos têm menos de 1m.
Em Portugal, na Serra de Sintra, existe uma rocha formada essencialmente por turmalinas azuladas (indicolite) e por isso denominada de turmalinito. Na Península Ibérica são comuns ocorrências de escorlites e na Serra de Guadarrama (Espanha), extraem-se exemplares grandes e bonitos desta turmalina negra.
Comercialmente, estes minerais provêm do Brasil, Moçambique, Tanzânia, Namíbia, Madagáscar, USA, Rússia; Afeganistão e Paquistão.
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