Manifestação de garimpeiros fecha avenidas de Porto Velho
Um grupo de garimpeiros fechou as avenidas Imigrantes e Farquar no Bairro São Sebastião em Porto Velho. Eles dizem que estão sendo impedidos de trabalhar há pelo menos duas semanas. As fiscalizações das atividades de garimpo no Rio Madeira foram intensificadas pelos órgãos ambientais desde o dia 22.
No início do mês, moradores do entorno da ponte, que liga Rondônia ao Amazonas, também protestaram no mesmo local, porém, contra o garimpo. Eles alegam que as dragas estavam comprometendo a estrutura da ponte e pediam o aumento da vigilância da área que é de proteção ambiental.
A via que foi fechada é o único acesso para a ponte que liga Rondônia ao Amazonas e para chegar ao setor portuário da cidade, o que causou lentidão. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve presente no protesto e tentou negociar com os manifestantes. Pelo menos 200 garimpeiros estavam no local, sengundo estimativa da PRF.
No inicio do mês de setembro a Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) revogou o projeto de lei de iniciativa da própria casa que permitia o garimpo na região.
Garimpeiros protestam nesta quinta-feira fechando avenidas de Porto Velho (Foto: Matheus Henrique/G1)
O Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) disse ao G1 que desde a revogação do projeto de lei da ALE, não estão sendo liberadas novas licenças para dragas que quiserem garimpar no Rio.
Segundo o garimpeiro Juscelino da Conceição, ele e vários colegas não trabalham há vários dias. “Querem que a gente espere tantos dias e aqui ninguém quer esperar, tenho filho. Queremos trabalhar”, disse.
Durante a negociação com o grupo, a PRF entrou em contato com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) a pedido dos manifestantes. A polícia também organizou o fluxo de carros e carretas. “Estamos liberando uma parte do congestionamento e já informamos para não serem enviadas as cargas de soja para essa região, para não trancar ainda mais o trânsito”, disse o policial da PRF Ernesto Dantas.
Os garimpeiros afirmam que ficarão no local até que obtenham uma resposta de liberação e pedem que algum representante do governo vá até o local conversar com o grupo.
Autor: Do G1 RO
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