sábado, 8 de outubro de 2016

RESQUÍCIOS DO GARIMPO EM ALTA FLORESTA-MT .

RESQUÍCIOS DO
GARIMPO EM ALTA FLORESTA-MT
do garimpo de Alta Floresta entre a década de 70 e 80, onde várias pessoas vieram do Sul do país em busca do ouro, dessa forma fica a indagação, o que restou do garimpo em Alta Floresta-MT? Com o passar do tempo surgiu muitas transformações, tanto materiais como tecnológica. Hoje se percebe amargura e a dor que o garimpo deixou nos corações de pessoas. Acredito o garimpo deixou muitas riquezas bem como muitas mortes, e como fica a vida das pessoas vieram em busca desse ouro tão sonhado, e de acordo com a pesquisa, mostrada pela história dos sujeitos desta época, que freqüentam os momentos terríveis Reconstrói-se, assim, parte da memória deste grupo de pessoas, que visavam uma melhoria de vida e para sua família, e encontraram um ideário distorcido. Palavras- chave: Garimpo-ouro- famílias
Introdução
A iniciativa desse trabalho surgiu após buscar informações a respeito do Garimpo em Alta Floresta diante de fatos, acontecimentos e marcas deixadas nas pessoas pelomesmo. Dessa formatorna-se de fundamental importância desenvolver uma pesquisa a respeito deste tema: Os Resquícios do Garimpo em Alta Floresta- MT
Este trabalhofoi desenvolvido com o intuito de pesquisar a história do garimpo de Alta Floresta nas décadas de 70 e 80. Comobjetivo de investigar o que restou do garimpo em Alta Floresta- MT.
Visto que esta nessa época a intenção do colonizador era buscar a economia desta localidade, a agricultura e pecuária. Com um ponto básico Terra Boa, a busca pela sobrevivência.
Mas ouve vários contatos por informações, aonde as famílias viriam em busca de terraBOA E BARATA, dessa forma vinhamos migrantes em busca desta terra para o cultivo da lavoura que por conseqüência não foi tão bom, com dificuldades no escoamento dos mantimentos.
Mas chega o momento inesperado, pela Colonizadora com seu projeto de abertura de estradas, que acaba facilitando a descoberta do OURO,
E essa descoberta ecoa praticamente em todo pais e o fluxo migratório aumenta em velocidade em busca de Metais Preciosos. E faz uma reviravolta no projeto da Colonizadora.
Portanto as famílias foram em busca do ourosem cessar, dessa forma gerando muita dor e morte.
RESQUÍCIOSDO GARIMPO EM ALTA FLORESTA-MT NAS DÉCADAS DE 70 E 80.
A dinâmica migratória de Alta Floresta Garimpo, este estudo busca apresentar um quadro sobre as principais tendências migratórias observadas aqui, de fato, essa área do extremo norte como Alta Floresta, cresceu muito anos de 70 a 80 com taxas elevadíssimas, pode-se destacar que até o final da década de 80,aqui temos exemplos da elevação da população: Em 1970 Alta Floresta possuía uma população de 1287, e em 1980 23.011, houve não apenas a expansão da fronteira agrícola, mas, principalmente a atividade garimpeira, imprimiram um ritmo intenso de crescimento demográficona região de Alta Floresta, é uma economia em busca de formas alternativas de desenvolvimento, sendo um área onde a pequena e média propriedade ainda tem importância.Por volta da década de 90 Alta Floresta, reduziram drasticamente seu crescimento ainda que em menor ritmo, mantiveram significativo dinamismo demográfico. Nesta época quase erradicação da atividade garimpeira na região explicaria boa parte do processo, mais ai surgiram novos projetos de assentamentos e, principalmente a entrada da soja, poderiam ser os elementos que justificariam tal comportamento. As pessoas que perdiam seus trabalhos com as dificuldades de extração de ouro, já num período de maiores investimentos, acabavam migrando para municípios com possibilidades de absorção da população no mercado, por exemplo, Sinop, que a extração de madeira era o auge da época para essas pessoas a indústria madeireira representava uma alternativa, porém agora essa industrialização já está em fase de diversificação (móveis, compensados, etc.).
Durante a década de 80, principalmente no primeiro qüinqüênio, muitas pessoas, sobretudo nordestinos, foram atraídas para a região norte do Mato Grosso devido à descoberta de ouro às margens do rio Teles Pires em 1979. Com esse fato houve também o fluxo de garimpeiros oriundos dos garimpos de Juruena e do sul do Pará, cujo acesso estava facilitado pelas estradas construídas pelos projetos de colonização. Esse quadro que se monta está fortemente influenciado pela expansão da atividade garimpeira na Amazônia.
Alta Floresta juntamente com a microrregião de Colíder, apresentou nesse período as taxas de crescimento populacional e as taxas de imigração entre as mais altas de todo o estado. Durante toda a década de 80Alta Floresta foi alvo de exploração garimpeira, mudando completamente o perfil de município agropecuário, traçado originalmente pelo projeto de colonização da INDECO, transformando-se em pólo regional de atividades ligadas ao garimpo em muito pouco tempo. A dificuldade para a estabilização do setor agropecuário liberou mão de obra e capital para os garimpos.
Na verdade, a importância deste tipo de atividade também se expressa na significativa urbanização da microrregião de Alta Floresta (28,8% e 56,3%, em 1980 e 1990, respectivamente), posto que se estabelecesse uma rede de serviços e comércio para a venda do ouro. Assim, a força da atividade garimpeira para explicar a ocupação de boa parte do norte mato-grossense se verifica na medida em que, em paralelo à decadência desta atividade também se percebe uma significativa perda populacional e queda no fluxo migratório, Alta Floresta, que apresentou crescimento demográfico negativo de 4% nos anos 90, houve nos anos 80 uma mobilidade intensaemAlta Floresta.Havia muitas trocas populacionais entre estas microrregiões vizinhas como: Colider, Sinop e Alto do Teles Pires devido estar relacionadas à atividade garimpeira, cuja mobilidade de seus trabalhadores é muito típica. Pois os garimpeiros não se fixavam no local por muito tempo.
As características da Migração em Alta Floresta Os reflexos
A maneira pela qual a maior parte do município de Alta Floresta foi ocupada teve implicações diretas sobre o perfil da migração recebida, particularmente em termos da composição familiar. O chefe da família migrasse previamente sozinho ou com os filhos homens mais velhos, visando preparar o lote, o caráter familiar desse tipo de deslocamento era inconteste. Os dados apresentados a seguir mostram claramente essa questão.
A distribuição das famílias de chefes por tipo mostra a importância da migração familiar como constitutivo do processo de distribuição e ocupação do espaço.
Percebe-se que nos períodos 70/80 grande parte da imigração era do tipo "casal com filhos".
Uma das grandes modificações da forma de inserção do migrante e que, de certa forma, reflete as transformações pelas quais passou assistiu-se na categoria "Autônomo ou Conta Própria na Agropecuária". Enquanto na década de 70 a categoria absorvia produtivamente 30% dos migrantes.
No entanto, percebem-se, ainda nos anos 80, percentuais importantes de pessoas ligadas à agricultura.
Não obstante seja importante destacar o papel relevante destes assentamentos no processo de ocupação e, principalmente, retenção demográfica Nesse sentido, a visita a campo realizada revela que em muitos dos locais onde as famílias ficavam não havia escolas, postos de saúde, ou mesmo estradas em condições mínimas para o trânsito e escoamento de qualquer tipo de produção. O que, segundo depoimentos, resultam em pouco espaço para quem precisa construir sua moradia e fazer sua plantação. Dessa maneira, muitos não conseguem ficar na terra e viver exclusivamente dela, necessitando trabalhar na cidade boa parte do tempo e com isso, sempre correndo o risco de perderem a terra por falta de condições de torná-la produtiva e efetivamente ocupada.
Portanto, as condições concretas de absorção da população em geral no trabalho rural, e do migrante, em particular, vão se reduzindo cada vez mais, seja por um processo de mudança produtiva e tecnológica, seja por uma progressiva concentração de terra.
Dessa forma, as possibilidades de continuidade de expansão demográfica em Alta Florestaficam muito reduzidas, como conseqüência da redução de seu poder de atração populacional e da expulsão de significativos contingentes, muitos deles retornando aos seus destinos ou reemigrando.
Considerações finais
Alta Floresta como fonte agrícola no país e, portanto, como uma das poucas alternativas para a migração de pessoas ligadas ao campo, Alta Florestaaté meados dos anos 80 cumpriu um papel importante no processo de redistribuição espacial da população brasileira. Contudo, sua trajetória nessa condição foi uma das mais curtas em função de uma rápida e intensa transformação produtiva e do processo de concentração fundiária.
Os dados aqui analisados mostram não apenas a redução do ímpeto migratório para a área, como também as relações entre este comportamento e as mudanças nas formas de inserção dos migrantes, que espelham o processo de urbanizaçãoe grande desarticulação das formas de ocupação que possibilitaram o "desbravamento" de boa parte de seu território.
Vimos que aárea de atração migratória, embora no nível interno, muitas áreas ainda figuram como grandes alternativas para a absorção do grande contigente de pessoas ligadas à terra. Frente a este quadro considera-se que Alta Florestajá caminha para um total esgotamento de sua condição agrícola e, portanto, como uma alternativa para os migrantes. Talvez projetos concretos possam dar mais estímulos as famílias que aqui vivem.. onde possam no futuro dar novos rumos à dinâmica demográfica de Alta Floresta . Entretanto, nesse momento é difícil imaginar sequer a manutenção do poder atrativo do anos 80 .

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