sábado, 12 de novembro de 2016

FORMAÇÃO DO DIAMANTE


Um diamante é constituído por carbono puro cristalizado. Para se gerar, é necessário que sofra uma pressão de 70 mil quilos por centímetro cúbico, a uma temperatura de 1700 a 2500 graus Celsius. O diamante forma-se a 150/200 quilómetros abaixo da superfície, na rocha derretida do manto da Terra. Apresenta-se como um cristal, com forma octaédrica (oito faces) ou hexaquisoctaédrica (48 faces), frequentemente com superfícies curvas, arredondadas, incolores ou coradas. É o mineral mais duro na natureza, obtendo a dureza 10, valor máximo na Escala de Mohs. Apresentam-se como pedras brutas e devem ser processados para se transformarem em peças brilhantes, prontas para a venda. Os diamantes são gemas preciosas sofisticadas, que passam por um longo processo de refina­mento, desde o momento que são tiradas da terra até chegarem às joalharias.
diamantes
Carbono e Kimberlito
O carbono é um dos elementos mais comuns no mundo e institui-se como um dos quatro princípios básicos para a existência da vida. Os seres humanos contêm mais de 18 por cento de carbono no seu corpo, e o ar que respiramos apresenta traços desse elemento. Quando ocorre na natureza, o carbono existe em três formas básicas. O diamante, um cristal extremamente duro e claro, a grafite, um mineral preto e macio, com estrutura molecular menos compacta e por isso mais fraco, e a fulerite, um mineral feito de moléculas perfeitamente esféricas, constituído exactamente por 60 átomos de carbono.
A maioria dos diamantes que vemos hoje foram formados há milhões ou até biliões de anos. Poderosas erupções de magma trouxeram os diamantes até a superfície, criando chaminés de kimberlito. O nome foi escolhido em homenagem a Kimberly, África do Sul, onde estas chaminés foram encontradas pela primeira vez. A maior parte destas erupções ocorreu entre 1.100 milhões e 20 milhões de anos atrás.
Exploração
A exploração dos diamantes executa-se de várias formas. Este material precioso é procurado a céu aberto, em minas, na costa, em rios ou no mar.
O 'ranking' dos países que mais diamantes produzem é liderado pelo Botswana, com 27, 9 por cento de uma produção que totaliza em todo o mundo 175 milhões de quilates, 35 mil quilos de diamantes e 11,5 biliões de dólares. Na lista segue-se a Federação Russa, com 22,3 por cento neste volume de negócios. Mais abaixo surge o Canadá (12,2 por cento), a África do Sul (12 por cento), Angola (9,8 por cento), Namíbia (7,8 por cento), Austrália (cinco por cento) e a República Democrática do Congo (3,7 por cento). No mundo evidenciam-se duas empresas na exploração de diamantes. A De Beers destaca-se com 44 por cento da totalidade dos diamantes resgatados da terra, ao passo que a Airosa encontra 22 por cento. Com algum destaque nesta lucrativa indústria sobressaem a BHP­ Billiton (oito por cento) e a Rio Tinto (seis por cento). Os restantes 23 por cento da exploração de diamantes estão entregues a outras empresas com menor escala a nível global.
Consumo
No que respeita ao consumo de joalharia de diamantes no mundo, os EUA lideram a lista com um destaque evidente sobre qualquer outro país. Muito devido à tradição do pedido de casamento exigir a oferta de um anel de diamante, os Estados Unidos atingem um consumo na ordem dos 28,7 biliões de dólares, num total de 56,9 biliões de dólares de referência. O Japão consome 8,4 biliões de dólares, logo seguido da Europa, com 7,8 biliões de dólares de consumo.

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