sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

China prevê guerra comercial e aumenta volume de importações

China prevê guerra comercial e aumenta volume de importações

As importações da China cresceram no ritmo mais rápido em mais de dois anos em novembro. O movimento é impulsionado pela forte procura por commodities, do carvão até o minério de ferro. As exportações também subiram inesperadamente, refletindo recuperação da demanda doméstica e global.
Os dados otimistas somam-se a sinais de recuperação industrial modesta nas maiores economias do mundo. Mesmo com a China e outros exportadores asiáticos se preparando para potencial guerra comercial quando o protecionista Donald Trump tomar posse como presidente dos Estados Unidos.
As exportações em novembro subiram inesperadamente 0,1% em relação ao ano anterior, ante previsão de recuo de 5%. As importações cresceram 6,7%, muito acima das expectativas de queda de 1,3%, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira.

Guerra comercial

O resultado deixou o país com superávit comercial de US$ 44,61 bilhões no mês, informou a Administração Geral Alfandegária. A expectativa era de que o superávit comercial ficasse em US$ 46,30 bilhões em novembro, contra US$ 49,06 bilhões em outubro.
— A melhora reflete fortalecimento da demanda global. Recentes pesquisas empresariais sugerem que as economias desenvolvidas estão no caminho para terminar o ano com resultado forte — disse o economista da Capital Economics, em Cingapura, Julian Evans-Pritchard.
Ainda segundo o economista, ”embora a demanda global tenha recuperado um pouco recentemente, a menor tendência de crescimento em muitas economias desenvolvidas e emergentes significa que a alta é provavelmente limitada”.

No Japão

A economia japonesa, por sua vez, cresceu muito mais lentamente do que inicialmente estimado no terceiro trimestre. Dados revisados mostram que as despesas de capital diminuíram. E as empresas reduziram os estoques, renovando as preocupações com as perspectivas de crescimento do Japão.
A economia do Japão cresceu a uma taxa anualizada de 1,3% no trimestre de julho a setembro. O resultado foi ajustado para baixo em relação à leitura preliminar de 2,2%, de acordo com dados do Gabinete do governo, divulgados nesta quinta-feira.
O valor revisado ficou abaixo da mediana das estimativas de crescimento anualizado de 2,4% em uma pesquisa da Reuters com economistas. As despesas de capital caíram 0,4% no trimestre, contra a estimativa preliminar de estabilidade, uma vez que as siderúrgicas e o setor imobiliário reduziram o investimento.

Trump nos EUA

Do lado positivo, os gastos dos consumidores foram revisados para cima. E os dados separados mostraram que a confiança do setor de serviços melhorou. No entanto, a fraca despesa de capital pode moderar o otimismo de que a economia poderia acelerar no próximo ano.
Os estoques reduziram 0,3 ponto percentual do crescimento, mais do que a leitura anterior de 0,1 ponto percentual de contração. Já exportações líquidas somaram 0,3 ponto percentual, menor que o 0,5 ponto percentual no trimestre anterior. Porém, os economistas estavam otimistas de que as exportações podem crescer no futuro. O iene caiu para a mínima de oito meses, após Donald Trump ser eleito presidente dos EUA.
Fonte: Correio do Brasil

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