segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Mineração: as melhores apostas de 2016

Mineração: as melhores apostas de 2016






Quem apostou, em 2016, na mineração sabe que o ano foi difícil.

Os preços das commodities caíram, em média 25%. Os ratings das grandes empresas desabaram assim como o valor de mercado da maioria.

Era para ser um “annus “horribilis”, mas para algumas mineradoras 2016 foi um ano surpreendente.

As mineradoras de ouro, , como predito pelo Portal do Geólogo pouco sofreram em 2016, afinal o ouro subiu 26% no ano, irrigando os cofres de muitas delas com novos dólares.

Foi o caso da sul-africana Harmony Gold que somente em 2016 subiu extraordinários 380%.

A Harmony já é uma das dez maiores mineradoras de ouro do mundo.

Do outro lado do espectro a Golden Star, uma junior da mineração com um valor de mercado de $375 milhões, subiu 466% nestas últimas 52 semanas. Um desempenho alimentado por um All-in sustaining costs (AISC) de $1.185 e pelas produções de suas maiores minas, Wassa e Prestea na África.

Retornos extraordinários acima de 200% em 2016 ocorreram com as canadenses Iamgold e B2Gold e Brazil Resources.

Até a gigante Barrick Gold, com um valor de mercado de US$25 bilhões e uma megaprodução de ouro, que supera 5 milhões de onças, teve um retorno de 195% no ano de 2016.

Nada mal para quem investiu no “vil” metal no período.

(como a Barrick reverteu)


Mas 2016 foi bom, também, para as verdadeiras gigantes como a Vale, Glencore, Rio e BHP.

A Vale, que um dia já foi a segunda maior mineradora do planeta, hoje foi ultrapassada até pela Glencore. Mas, mesmo assim a nossa mineradora conseguiu recuperar, um pouco do seu orgulho e valor de mercado. Este voltou a subir em 2016, atingindo US$51,2 bilhões.

Infelizmente esse market cap é quase a metade do valor da Rio Tinto (US$95,3 Bilhões) e menos da metade do valor atual da BHP (US$106,2 bilhões), a maior mineradora do mundo.

Apesar do distanciamento das suas grandes concorrentes, a Vale teve um desempenho incrível em 2016, com suas ações subindo mais de 320%.
Já o mesmo não aconteceu com a Rio Tinto, que teve um desempenho bom, mas não extraordinário, subindo 116%, algo similar ao que ocorreu com a BHP (148%). Já a Glencore, com um valor de mercado de US$56,5 bilhões, foi outra megamineradora com uma performance excelente em 2016.

Ela subiu 293% no ano.

Em suma o ano de 2016, mesmo começando “mal das pernas” acabou sendo, simplesmente excelente, para a indústria da mineração, em especial para as commodities metálicas que, em média, deram retornos acima de 200% para os investidores...

Quem apostou lucrou!

Já aqui no Brasil, sufocados pelas crises e pela corrupção nós perdemos mais essa oportunidade e vimos a fuga dos investidores e o fechamento dos projetos.



Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

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