quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Indústria mineira voltou a fechar no vermelho em 2016

Indústria mineira voltou a fechar no vermelho em 2016

Depois do recorde negativo, com queda de 15,9% no faturamento em 2015, a indústria mineira voltou a fechar no vermelho em 2016. Dessa vez, o recuo foi de 11,6%, conforme dados divulgados nessa quarta-feira (1) pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A última vez que a atividade industrial computou resultado positivo no faturamento foi em 2011, com alta de 2,6%, conforme a economista da entidade Annelise Fonseca. “Em 2012 e 2013, o resultado ficou praticamente estável, já que a variação foi de 0,1%”, diz. Em 2014, o resultado foi de queda (-6,3%).
Annelise observa que, apesar de o faturamento ter sido negativo no ano passado, o percentual ficou abaixo da expectativa da Fiemg, que estimava recuo de 12,97%. “O problema é que foi uma queda em cima de uma base de comparação fraca, também de retração de 2015”, frisa.
Em 2016, todos os indicadores da indústria mineira analisados pela entidade foram negativos no acumulado do ano. As horas trabalhadas na produção tiveram recuo de 5%. E, com menos produção, o emprego foi reduzido em 7,1%. E diante do cenário de recessão, o rendimento médio real teve retração de 3% no ano passado.
Na divisão por setores, dos 16 pesquisados pela Fiemg, a maior parte, 11 fecharam 2016 com recuo no faturamento, sendo a maior queda registrada pelo setor de veículos automotores (-40,7%). A alta mais expressiva foi do segmento de máquinas e material elétrico (9%).
Preço do minério. O extrativo também foi uma dos poucos segmentos que conseguiram ter aumento no faturamento real (2,2%). O motivo, conforme a economista da Fiemg, foi a melhora no preço internacional do minério de ferro.
Apesar do aumento nas receitas de vendas, a produção registrou queda no ano passado. O acidente da barragem de Fundão, em Mariana, na região central do Estado, no final de 2015, explicou o recuo de 6,1% nas horas trabalhadas e de 2,4 pontos percentuais no nível de utilização da capacidade instalada da indústria extrativa do Estado.
No ano passado, a utilização da capacidade instalada (78,2%) da indústria mineira foi a mais baixa da série histórica da Fiemg, iniciada em 2003. Em 2015, a variável ficou com 82,5%. Segundo a economista da entidade, o resultado de 2016 superou o desempenho ruim de 2003 (80,6%).
Para 2017, a perspectiva da Fiemg é de crescimento de 0,96% no faturamento e 0,88% da produção da indústria do Estado.

IBGE

Produção tem queda em 23 dos 26 setores pesquisados

RIO DE JANEIRO. Apesar da melhora na produção registrada no último bimestre de 2016, a indústria registrou perdas em 23 dos 26 ramos pesquisados no fechamento do ano. A produção industrial caiu 6,6% em 2016, o terceiro ano consecutivo de retração, segundo os dados divulgados nessa quarta-feira (1) pelo IBGE. Dos 805 produtos investigados, 72,8% tiveram redução na produção. Entre as atividades, as maiores influências sobre o total nacional foram das indústrias extrativas (-9,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).
Na direção contrária, os destaques positivos entre as três atividades que ampliaram a produção em 2016 foram os setores de produtos alimentícios (0,6%) e celulose, papel e produtos de papel (2,5%). “Tivemos o açúcar explicando o crescimento no fechamento do ano para os produtos alimentícios, e a fabricação de celulose explicando o avanço no setor de papel”, contou André Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE. A produção subiu 2,3% em dezembro ante novembro de 2016.

NA FÁBRICA

Evolução da produção nacional em 2016 (em %): 
  • Bens de Capital: -11,1
  • Bens Intermediários:-6,3
  • Bens de Consumo: -5,9
  • Duráveis: -14,7
  • Semiduráveis e não Duráveis: -3,7
  • Indústria Geral: -6,6
  • Em Minas Gerais: -6,95


Fonte: OTEMPO

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