Uma das maiores autoridades em gemologia e alta joalheria do Brasil e do mundo, Jules Sauer era membro do Círculo de Honra do Gemological Institute of America(GIA), autoridade máxima em análise, certificação e conhecimento de pedras preciosas. Ele também era Cidadão Honorário de cidades como Belo Horizonte, Teófilo Otoni e Governador Valadares (MG), São Paulo e Rio de Janeiro.
Filho de pais judeus e nascido em 1921, na região da Alsácia, na França, Jules Sauer vivia na Bélgica quando teve de fugir da perseguição aos judeus em 1939. Ele pedalou mais de 1.500 quilômetros em sua bicicleta até a Espanha, onde foi detido, sem documentos, pela polícia. Conseguiu escapar e seguiu para Portugal, onde embarcou para o Brasil.
Aqui, começou a dar aulas de francês e conseguiu um emprego no negócio de pedras preciosas do irmão de um aluno, em Minas Gerais. Quase dois anos após ter deixado a Bélgica, já era dono da própria empresa.
Na década de 1950, o empresário comprou 43% da água-marinha mais famosa do país, batizada de Martha Rocha, inspirado nos olhos azuis da Miss Brasil. A pedra pesava 36,5 quilos e suas gemas lapidadas foram parar em joias que correram o mundo.
Em 1963, Jules interrompeu suas férias em família na Bahia para ver de perto as pedras verdes que garimpeiros tinham encontrado na região de Salininha, a leste do Rio São Francisco. Eram as primeiras esmeraldas encontradas no país. A partir daí, a Amsterdam Sauer tornou-se expert em esmeraldas brasileiras e colombianas na América do Sul.
Como joalheiro, ficou famoso por manter, ao máximo, o tamanho natural da gema bruta, com um design que não ofuscasse a pedra.
A primeira loja da marca foi inaugurada no térreo do Edifício Chopin, ao lado do Hotel Copacabana Palace, em 1956. E está lá até hoje. Em 1966, Jules Sauer conquistou seu primeiro prêmio Diamond International Awards, a consagração máxima da joalheria internacional, por conta do anel Constellation.
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