Mineradora foi vendida em 2007 por Eike e atualmente vive drama financeiro.
Portas, janelas, cabos e notebooks foram levados em recentes furtos.
Sem escoar minério desde 2014, a mineradora inglesa Zamin, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, apresenta as consequências do abandono. Imagens feitas pela Rede Amazônica no Amapá nesta segunda-feira (27) mostram que parte da estrutura da empresa foi saqueada e os cabos das locomotivas que fazem interligação ao sistema de tração foram cortados.
O cenário atual é pior que o encontrado em maio de 2016, quando o G1 teve acesso a área externa da mineradora.
A Zamin vive um drama financeiro desde 2013, quando o porto particular para exportar manganês desabou em Santana. A empresa atualmente tenta evitar a falência em um processo de recuperação judicial dez anos depois da primeira exportação, feita em 2007, ainda sob a administração do ex-bilionário Eike Batista. A dívida envolve 321 credores e chega a R$ 1,5 bilhão.
Além do mato alto no entorno dos maquinários da ferrovia e demais estruturas, no interior dos prédios é notável a ação de vandalismo. Janelas e portas foram arrombadas e levadas. Além disso, documentos estão danificados e existe a estimativa de furtos de pelo menos 80 notebooks deixados pela empresa, informou a Rede Amazônica no Amapá.
No almoxarifado, foram levados carretéis de cabos e pneus ainda não usados. Problema semelhante foi encontrado no setor de desembarque do minério, onde bombas e pequenos geradores para dar funcionamento à esteira de transbordo também foram furtados. Nenhum dos crimes recentes chegou a ser registrado por câmera de segurança porque o sistema interno também virou alvo de ação de vândalos.
Drama da Zamin
Depois da primeira exportação da mineradora, em 2007, quando ainda era chamada de MMX, as ações foram vendidas no mesmo ano para a Anglo American, que revendeu à Zamin, última administradora da concessão. A produção parou após o desabamento do porto privado da empresa.
Depois da primeira exportação da mineradora, em 2007, quando ainda era chamada de MMX, as ações foram vendidas no mesmo ano para a Anglo American, que revendeu à Zamin, última administradora da concessão. A produção parou após o desabamento do porto privado da empresa.
Por causa do ostracismo provocado pelas empresas, a mineração sofreu a primeira intervenção em julho de 2015, quando o governo do estado decretou a perda da ferrovia concedida à Zamin. O caso foi parar na Justiça, que manteve a caducidade.
No local onde funciona a mineradora, em Santana, apenas um vigilante toma conta do espaço. Geradores e peças de máquinas pesadas foram furtados, segundo a Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), e precisam ser ressarcidos ao Amapá, que passou a ter posse de grande parte da infraestrutura da ferrovia montada às margens do rio Amazonas.
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