Após 30 anos, extração de ouro pode voltar à Amazônia
Após 30 anos, extração de ouro pode voltar à Amazônia
27de abril de 2017
Depois de 30 anos fechada à atividade de mineração, uma imensa área da Amazônia rica em ouro será concedida à iniciativa privada. Por meio de uma portaria publicada na edição de 7 de abril do Diário Oficial da União, o Ministério das Minas e Energia abriu caminho para extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) criada em 1984, ainda durante a ditadura militar. A expectativa do governo é leiloar áreas no fim do ano.
Apesar de ter cobre no nome, a reserva, localizada entre os estados do Amapá e do Pará, é rica sobretudo em ouro, mas também em tântalo, minério de ferro, níquel, manganês e outros. Não há informações sobre o tamanho dos depósitos. Mas a avaliação do Ministério é que a área poderá se tornar algo de relevância mundial.
“Acreditamos que nessa área possa ser desenvolvido um projeto ímpar no mundo, com uma gigantesca atratividade para ouro”, disse Vicente Lôbo, secretário de Geologia e Mineração do Ministério. Victor Bicca, diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão do ministério, vai além e diz que vê a possibilidade de que a área possa ser tão representativa quanto é Carajás para o minério de ferro. A Renca tem 46 mil quilômetros quadrados.
Antes da criação da reserva, havia 171 requerimentos de pesquisa; depois da sua criação, 482. O governo vai indeferir os pedidos feitos depois de 1984 e as áreas serão tornadas disponíveis para concessão. Mas os títulos concedidos antes dessa data serão analisados pelo DNPM e podem vir a ser outorgados. Antes de criar a Renca, o governo havia concedido 25 autorizações de pesquisa e duas concessões de lavra.
Maurício Torres, pesquisador e professor da Universidade Federal do Oeste do Pará alerta para os riscos de eventuais grandes operações de mineração na região. “Mineração é atividade impactante e serão necessários muitos estudos para que os impactos nesse caso possam ser mensurados”.
Marcelo Marceliono, diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente, avalia que em princípio não há conflito de interesse da mineração na Renca ao lado de unidades de proteção. “Tudo terá de passar por licenciamento ambiental, os impactos serão verificados e as medidas, definidas”.
Apesar de ter cobre no nome, a reserva, localizada entre os estados do Amapá e do Pará, é rica sobretudo em ouro, mas também em tântalo, minério de ferro, níquel, manganês e outros. Não há informações sobre o tamanho dos depósitos. Mas a avaliação do Ministério é que a área poderá se tornar algo de relevância mundial.
“Acreditamos que nessa área possa ser desenvolvido um projeto ímpar no mundo, com uma gigantesca atratividade para ouro”, disse Vicente Lôbo, secretário de Geologia e Mineração do Ministério. Victor Bicca, diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão do ministério, vai além e diz que vê a possibilidade de que a área possa ser tão representativa quanto é Carajás para o minério de ferro. A Renca tem 46 mil quilômetros quadrados.
Antes da criação da reserva, havia 171 requerimentos de pesquisa; depois da sua criação, 482. O governo vai indeferir os pedidos feitos depois de 1984 e as áreas serão tornadas disponíveis para concessão. Mas os títulos concedidos antes dessa data serão analisados pelo DNPM e podem vir a ser outorgados. Antes de criar a Renca, o governo havia concedido 25 autorizações de pesquisa e duas concessões de lavra.
Maurício Torres, pesquisador e professor da Universidade Federal do Oeste do Pará alerta para os riscos de eventuais grandes operações de mineração na região. “Mineração é atividade impactante e serão necessários muitos estudos para que os impactos nesse caso possam ser mensurados”.
Marcelo Marceliono, diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente, avalia que em princípio não há conflito de interesse da mineração na Renca ao lado de unidades de proteção. “Tudo terá de passar por licenciamento ambiental, os impactos serão verificados e as medidas, definidas”.
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