Bovespa fecha em alta de 0,56% com ganhos da Vale e algum alívio com cena política
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Por Flavia Bohone SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta quinta-feira, com as ações da Vale exercendo a principal influência positiva e com algum alívio com a cena política após a aprovação do regime de urgência para proposta de reforma trabalhista. O Ibovespa subiu 0,56 por cento, a 63.760 pontos. Na semana mais curta pelo feriado de Tiradentes na sexta-feira, o índice acumulou alta de 1,49 por cento. No melhor momento do pregão, o Ibovespa subiu mais de 1 por cento. O volume financeiro do pregão somou 6,65 bilhões de reais. Após falhar na primeira tentativa, o governo conseguiu na noite passada dar o caráter de urgência à proposta de reforma trabalhista, permitindo que a medida seja votada na Comissão Especial na terça-feira, sem esperar o fim do prazo de apresentação de emendas, e no plenário da Câmara já na quarta-feira. No exterior, Wall Street teve uma sessão positiva, com o Nasdaq fechando em máxima recorde, diante de uma rodada de sólidos balanços, reforçando o tom positivo no mercado acionário brasileiro. A alta na bolsa local, no entanto, perdeu força ao longo do dia, com investidores adotando alguma cautela antes do feriado no Brasil, mas que terá as bolsas internacionais operando normalmente. DESTAQUES - VALE PNA avançou 5,87 por cento e VALE ON teve ganhos de 5,17 por cento, após a empresa informar produção de minério de ferro recorde para o primeiro trimestre, com alta de 11,2 por cento ante o mesmo período de 2016, a 86,2 milhões de toneladas. A sessão também foi marcada por alta nos contratos futuros do minério de ferro na China. - USIMINAS PNA teve alta de 2,02 por cento, depois que a siderúrgica mineira divulgou dados fechados do primeiro trimestre, confirmando o lucro líquido de 108 milhões de reais, o primeiro resultado positivo após dez trimestres de prejuízo. - MARFRIG ON avançou 6 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, após ter avançado 9,5 por cento no melhor momento do dia. No radar estava a informação de que a empresa retomou nesta semana operações na unidade de Tangará da Serra (MT), que tinha um de três turnos em férias coletivas de 10 dias diante da fraqueza do mercado, e a melhora de recomendação para os papéis da empresa na véspera pelo Bradesco BBI, que elevou para "outperform", com preço-alvo de 8 reais. - PETROBRAS PN subiu 2,06 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 1,57 por cento, recuperando-se da forte queda da véspera, apesar de os preços do petróleo no mercado internacional não terem conseguido manter a trajetória positiva.[O/R] - ESTÁCIO PARTICPAÇÕES ON avançou 2,39 por cento, em meio aos desdobramentos das investigações sobre o vazamento de uma troca de mensagens entre o presidente da empresa e uma advogada acerca da fusão com a KROTON, que subiu 1,57 por cento. A Estácio prestou queixa policial após investigação interna apontar fortes indícios de que o vazamento tenha sido realizado por acesso físico ao computador antigo do CEO. - BRADESCO PN perdeu 1,74 por cento e ITAÚ UNIBANCO recuou 1,46 por cento. Segundo operadores, o setor refletiu os receios com relação a uma possível delação do ex-ministro Antonio Palocci no âmbito da Lava Jato, após ele ter indicado estar disposto a dar informações ao juiz Sergio Moro. A preocupação vem na esteira de reportagem recente da Folha de S.Paulo informando que o ex-ministro poderia tratar de casos de corrupção envolvendo empresas do sistema financeiro. - SABESP ON caiu 5,58 por cento, no pior desempenho do Ibovespa. Segundo analistas, o papel foi prejudicado pela revisão tarifária preliminar da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que gerou receios de que o reajuste para a Sabesp possa ser menor. As ações da COPASA, que não fazem parte do Ibovespa, recuaram 20,92 por cento por cento.
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