Bovespa recua 1,17% por preocupação com reformas no Congresso e queda do petróleo
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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou em queda nesta quarta-feira, pressionado por receios quanto ao ritmo de tramitação das reformas propostas pelo governo no Congresso Nacional e pela queda expressiva dos preços do petróleo no mercado internacional. O Ibovespa caiu 1,17 por cento, a 63.406 pontos. O giro financeiro foi de 7 bilhões de reais. O governo federal acabou cedendo à pressão da oposição e concordou em adiar para maio a votação da proposta de mudança da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, ante objetivo inicial de começar a apreciação já na próxima semana. "Hoje acabaram jogando água (no mercado) com essa história de colocar a votação da Previdência mais para frente", disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos. Na noite passada, o governo já tinha enfrentado outro revés no andamento de reformas no Congresso Nacional, ao não conseguir colocar em regime de urgência a proposta da reforma trabalhista na Câmara. Apesar da cautela política, o mercado conseguiu oscilar com variações mais contidas durante a maior parte do dia, mas uma forte queda nos preços do petróleo pesou sobre a Petrobras rumo ao fechamento dos negócios, contaminando as demais ações da bolsa. DESTAQUES - PETROBRAS PN caiu 3,55 por cento e PETROBRAS ON recuou 2,84 por cento, anulando os ganhos iniciais, conforme os preços do petróleo no mercado internacional também migraram para território negativo, em meio a dados de estoques nos Estados Unidos. No melhor momento do dia, as ações preferenciais da petroleira subiram 1,28 por cento. [O/R] - BANCO DO BRASIL ON caiu 3,65 por cento, a maior queda do Ibovespa, refletindo o clima de cautela com a cena política que abateu os negócios. O receio com o cenário político pressionou mais as ações do banco estatal do que as dos privados. BRADESCO PN recuou 1 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,88 por cento. - B3 desvalorizou-se em 1,98 por cento, após acumular ganhos de mais de 6 por cento nos dois pregões anteriores, em sessão de fraqueza no setor financeiro como um todo, com o índice do setor cedendo 1,48 por cento. - VALE PNA cedeu 0,12 por cento, com o mau humor do mercado contaminando a tentativa de recuperação vista na maior parte do pregão, e VALE ON subiu 0,23 por cento. No melhor momento do dia, as ações preferenciais subiram pouco mais de 3 por cento, após a queda de 3,86 por cento da véspera, quando analistas do Itaú BBA recomendam a compra dos papéis preferenciais da mineradora diante das quedas recentes. O preço-alvo para as ações é de 40 reais. - USIMINAS PNA fechou estável, com o tom negativo do mercado tirando os papéis do território positivo, após subirem 5,81 por cento no melhor momento do dia. Mais cedo, a empresa informou que seu lucro líquido no primeiro trimestre foi de 108 milhões de reais, no primeiro resultado positivo após dez trimestres seguidos de prejuízo. Os números fechados dos três primeiros meses do ano serão divulgados na quinta-feira. - BANCO PAN PN, que não faz parte do Ibovespa, perdeu 4,04 por cento, após subir 3,54 por cento na máxima e cair mais de 7 por cento no pior momento do dia, diante da operação da Polícia Federal para investigar suspeita de fraude na compra de ações do Banco Panamericano pela Caixa Participações. O banco informou que atendeu em sua sede à Polícia Federal, mas que o fato não tem relação com a gestão atual. - MAGAZINE LUIZA ON, que também não figura no Ibovespa, subiu 4,63 por cento após o Santander Brasil elevar o preço-alvo para as ações da empresa para 220 reais e reiterar recomendação de "compra". As ações da empresa lideraram a ponta positiva do índice de small caps, que fechou em baixa de 0,31 por cento.
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