Para onde vai a ação da Vale agora?
Após subir forte por vários meses com a valorização expressiva dos preços do minério de ferro, as ações da Vale agora devem entrar em um período de acomodação, avalia o BTG Pactual (SA:BBTG11) em um relatório assinado por Leonardo Correa e Caio Ribeiro. Segundo eles, o principal motivo para tal perspectiva é a expectativa de correção do minério de ferro, hoje no patamar de US$ 80 a tonelada.
Correa e Ribeiro avaliam que, ao arrumar a casa, a mineradora conseguiu extrair o máximo do ambiente positivo para a commodity. “Nos últimos anos, o progresso da Vale tem sido louvável sob vários ângulos: reduzindo os custos de caixa, queda da alavancagem (de 3,5 vezes para os atuais 2,1 vezes), desinvestimento de ativos não essenciais, potenciais aprimoramentos na governança corporativa, entre outros”, ressaltam.
Iniciativas
Muito disso, ressaltam, foi realizado durante um período desafiador para o minério de ferro, com os preços corrigindo para US$ 40 a tonelada em 2015. “Mas, como sempre, a China salvou o dia, e os preços minério de ferro mais do que duplicaram a partir dos US$ 40. Consequentemente, a ação de beta elevado da Vale subiu e, neste ponto, a vemos em um ponto balanceado entre risco e retorno”, explicam.
Contudo, o BTG reitera que embora o mercado tenha claramente subestimado a força do minério de ferro nos últimos seis meses, a visão é de que os preços estão deixando o pico, o que significa um perigo para a companhia. “Há ainda, contudo, algum valor a ser extraído da desalavancagem. Entretanto, neste ponto com os riscos de o minério de ferro corrigindo, não achamos que seja convincente para entrar agora”, dizem.
O BTG ajustou a estimativa de preço para a curva do minério de ferro de US$ 52,5 para US$ 68 a tonelada em 2017, de US$ 50 a US$ 55 em 2018 e a US$ 50 a partir de 2019. A recomendação aos papéis continua neutra, mas o preço-alvo foi elevado de US$ 9 para US$ 10. A estimativa é produzida para as ADRs da Vale em Nova York e correspondem às ações VALE5 (SA:VALE5) na Bovespa.
Fonte: Money Times
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