segunda-feira, 24 de abril de 2017

Quais são os elementos químicos mais raros da Terra?

Quais são os elementos químicos mais raros da Terra?

Minerais raros – que incluem elementos, cujos nomes soam bem exóticos, como disprósio, cério e itérbio – são, na verdade, bem mais abundantes do que outros metais familiares, mas tendem a se concentrar em depósitos de minério menos explorados, de acordo com o serviço geológico dos Estados Unidos. Consequentemente, a maioria do suplemento mundial destes elementos vem de poucas fontes.
Depósitos de minérios que contêm elementos raros da terra foram descobertos no Afeganistão em 2010. Os depósitos podem valer $1 trilhão de dólares. Os consumidores podem não saber, mas os hard drives de seus computadores, telas de televisão e smartphones contêm estes elementos. Os metais, frequentemente insubstituíveis, também suportam tudo, desde tecnologias sustentáveis até hardwares militares.
Por exemplo, o európio produz a cor vermelha para monitores de TV e lâmpadas de LED de baixo consumo energético, enquanto o neodímio produz alguns dos imãs mais poderosos encontrados em eletrodomésticos do nosso dia-a-dia, nas turbinas eólicas e em carros híbridos.
Elementos raros leves incluem os metais alinhados do lantânio até o gadolínio na tabela periódica, enquanto os metais raros pesados vão do térbio até o lutécio.
As (assim chamadas) tecnologias sustentáveis frequentemente dependem de elementos raros. Por exemplo, a Toyota usa cerca de 7,500 toneladas de lantânio e 1,000 toneladas de neodímio por ano para construir os seus carros Prius, de acordo com Jack Lifton, um consultor independente que trabalha com a U.S. Rare Earths, a companhia que possui os direitos aos recursos dos minerais raros nos EUA.
Os minerais raros são cruciais para aplicações militares, como lasers, radares, sistemas de orientação de misseis, satélites e eletrônicas de aeronaves. A China e os Estados unidos têm alguns dos maiores depósitos de minerais raros, mas outros depósitos existem em países como Austrália, Brasil, Índia, Malásia, África do Sul, Sri Lanka e Tailândia, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
A mineração é só o primeiro passo. Extrair cada metal raro individualmente do minério bruto requer milhares de tanques de aços inoxidáveis contendo várias soluções químicas, de acordo com Jim Hedrick, um antigo especialista de terras raras do Serviço Geológico dos Estados Unidos. O processo final de refinação converte o minério em óxidos, e depois converte os óxidos em metais refinados.
Atualmente, só a China tem os equipamentos para refinar os metais raros do começo ao fim, e fornece até 97 por cento dos óxidos raros do mundo. Abrir uma mina e construir uma planta de separação pode custar entre $500 milhões e $1 bilhão de dólares, disse Hedrick.


Fonte: Climatologia Geográfica

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