Esta água marinha era tão deslumbrante que bastou o design singelo de Jean Schlumberger, um laço para presente, para criar a joia perfeita. O broche, além de lindo de morrer, lembra as caixinhas da Tiffany & Co. Seu nome é óbvio: Aquamarine and Diamonds Bow Brooch. No detalhe, a versão em kunzita
Estas peças, que fazem parte da caixinha de joias da Elizabeth II, não somente foram confeccionadas com águas-marinhas brasileiras como foram realizadas pelos joalheiros brasileiros Mappin e Webb do Rio de Janeiro e presenteadas pelo nosso governo em três ocasiões.. Em 1953, o Presidente do Brasil e seu Povo deram à rainha o colar e os brincos pela sua coroação. Em 1958, foi a vez do Governo Brasileiro dar a pulseira e o broche que combinam perfeitamente com as peças anteriores. Em 1957, ela encomendou uma tiara a Garrards & Co, importantíssima joalheria inglesa e responsável por muitas joias da coroa desde 1735. A gema principal do nosso colar, que era um pingente destacável, foi substituída por uma menor, para se tornar a peça central da nova tiara. Para completar, sua visita ao Brasil em 1968 rendeu mais uns presentinhos em água-marinha, Por isso, em 1971, foi pedido a Garrards que incorporasse os quatro ornamentos laterais feitos a partir dos últimos presentes e a tiara ganhou o aspecto que conserva até hoje
Definitivamente a água marinha é uma das gemas favoritas da rainha. No detalhe, o par de brincos da joalheria Boucheron que foi presente dos pais no seu aniversário de dezoito anos, em 1944. Na foto maior, dá para ver o tamanho real (trocadilho inevitável) das peças de que falei antes.
A água marinha in natura parece doce, dá vontade de morder
Estes são os exemplos mais famosos de águas-marinhas em exposição no Smithsonian Museum of Natural History. O cristal bruto pesa 15.256 quilates (3,1 quilos) e a água-marinha em lapidação esmeralda pesa 1.000 quilates (200 gramas). Ambas foram encontradas em Minas Gerais. A menor é conhecida como Most Precious, nome do perfume lançado por seus doadores, Evyan Perfumes. A foto maior é a foto oficial do Instituto e a menor é a de um turista – só para ninguém achar que água marinha tem cor de turmalina paraíba, OK?
Por aqui, o maior cristal com qualidade para lapidação já encontrado pesava 110 kg e media 48,5 cm de comprimento por 41 cm de diâmetro. Papamel, como foi chamada, deu origem a inúmeras gemas para joalheria. Isto ocorreu em Teófilo Otoni, Minas Gerais, em 1910 e fez a fama da região no mercado internacional.
As gemas mais valiosas são aquelas completamente límpidas e de cor azul mais escuro. Os nomes dos tons de azul são super criativos: Santa Maria (como a mina de Itabira) , Espírito Santo e até Marta Rocha.
A água-marinha Dom Pedro foi achada em 1993 em Minas Gerais. Ela pesa 24,87 quilos e mede 53 centímetros de altura, sendo considerada a maior água-marinha lapidada da história. Já que todos os demais achados foram divididos em gemas menores para comercialização. Ela foi lapidada por Bernd Munsteiner que criou a escultura Waves of the Sea, com 35 centímetros de altura.
Cocktail ring do final dos anos 30 com água-marinha de 46 quilates em lapidação escada, 8 rubis de 0.6 quilates cada e ouro 14 quilates (bastante usado no período entreguerras).
Anel Diorette – água-marinha, diamante, ametista, safira rosa, safira amarela, tsavorita e esmalte em ouro branco. Coleção Diorette, Victoire de Castellane para Maison Dior, 2006
Anel Miss Dior – água-marinha e diamantes em ouro branco. Coleção Miss Dior, Victoire de Castellane para Maison Dior, 2007
As águas-marinhas combinam maravilhosamente com um design bem clean e updated. Esta é de HollemensThiery e foi usada pela atriz Isabella Orsini, atriz italiana em seu casamento em setembro de 2009
Prova de que os cabochões opacos também são lindos: anel Sunflower – água-marinha, diamantes e ouro 18 quilates, de Robin Koffler
Descobri que normalmente faço peças com águas-marinhas sob encomenda. Nesses casos, sempre entrego correndo e nunca tiro fotos, ops
Gemas disponíveis para fazer uma peça do seu jeito, para o seu bolso
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