quarta-feira, 31 de maio de 2017

Mineração no fundo do mar vai começar

Mineração no fundo do mar vai começar


Mineração no fundo do mar vai começar
Os nódulos metálicos serão triturados no fundo do oceano e sugados para um navio na forma de uma lama. [Imagem: Nautilus Minerals]

Mina oceânica
Os planos para abrir a primeira mina do mundo no fundo do oceano estão significativamente mais próximos de se tornarem realidade.
Uma empresa de mineração canadense concluiu um acordo com o governo de Papua Nova Guiné para começar a minerar uma área no fundo do mar.
O projeto polêmico pretende extrair minérios de cobre, ouro e outros metais valiosos de uma profundidade de 1.500 metros.
Enquanto muitos apontam para os "tesouros minerais" no fundo do mar, ambientalistas dizem que a mineração no fundo do oceano será devastadora, causando danos duradouros à vida marinha.
A mineração normal causa danos localizados ao meio ambiente, mas há legislação em todos os países para controlar esses impactos.
Só recentemente a ONU publicou as primeiras regras para tentar normatizar a mineração no fundo do mar.
Minérios submarinos
A mina terá como alvo uma área de fontes hidrotermais onde águas superaquecidas e altamente ácidas emergem do fundo do mar e encontram a água muito mais fria e alcalina do oceano, forçando-a a depositar altas concentrações de minerais.
O resultado é que o fundo do mar na região está coberto de minérios que são muito mais ricos em ouro e cobre do que os minérios encontrados nas minas terrestres, sejam superficiais ou subterrâneas.
Durante décadas, a ideia de minerar esses depósitos - assim como os nódulos ricos em minerais encontrados mais espalhados pelo fundo do mar - tem sido inviabilizada por causa do desafio de engenharia e dos altos custos.
Mas o boom nas operações de petróleo e gás nas últimas décadas levou ao desenvolvimento de uma série de tecnologias avançadas que permitem a exploração em grandes profundidades, ao mesmo tempo em que uma demanda aquecida por metais valiosos tem feito os preços globais das commodities minerais disparar.
A empresa Nautilus Minerals tem estado de olho nos minérios do fundo do mar ao largo de Papua Nova Guiné desde os anos 1990. O projeto ficou parado não por questões técnicas, mas devido a desentendimentos com o governo daquele país.
Segundo o acordo assinado agora, o governo de Papua Nova Guiné terá uma participação de 15% na mina oceânica, contribuindo com US$ 120 milhões para cobrir os custos da operação.
Mineração no fundo do mar vai começar
Esta será a maior máquina da mina oceânica, um triturador de 310 toneladas. [Imagem: Nautilus Minerals]
Primeira mina no fundo do mar
A mina, conhecida como Solwara-1, será escavada por uma frota de máquinas robóticas controladas a partir de um navio na superfície.
O plano consiste em quebrar a camada superior do fundo do mar de modo que o minério possa ser bombeado para cima como uma lama.
Para quebrar as rochas e raspar o fundo do mar será empregada a maior máquina da mina, um triturador pesando 310 toneladas, que trabalhará 24 horas por dia.
De acordo com a Nautilus, a mina terá um impacto ambiental mínimo, o equivalente a cerca de 10 campos de futebol e com foco em uma área que é suscetível de ser rapidamente recolonizada pela vida marinha.
Mas esta será a primeira tentativa de extrair minério do fundo do oceano, de modo que a operação - e as garantias da empresa sobre os impactos - serão vigiados de muito perto

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