Trump vai retirar Estados Unidos do acordo do clima de Paris, diz fonte
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Por Doina Chiacu WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu cumprir a promessa de campanha de retirar os Estados Unidos de um acordo global para combater as mudanças climáticas, disse à Reuters uma fonte que foi informada sobre a decisão, em uma ação que deve unir sua base de apoio em casa e, ao mesmo tempo, aprofundar as diferenças com aliados dos EUA no exterior. Trump, que já chamou o aquecimento global de farsa, se recusou a endossar o acordo climático histórico durante a cúpula do G7 no sábado, dizendo que precisava de mais tempo para decidir. Depois ele tuitou que faria um anúncio nesta semana. A decisão irá colocar os EUA ao lado de Síria e Nicarágua como as únicas nações do mundo a não participarem do Acordo do Clima de Paris, o que pode ter implicações abrangentes para o pacto, muito dependente do comprometimento de países altamente poluidores para reduzir as emissões de gases que, segundo os cientistas, são responsáveis pela elevação do nível dos mares, secas e tempestades violentas mais frequentes. O acordo, firmado por quase 200 países na capital francesa em 2015, almeja limitar o aquecimento planetário em parte cortando o dióxido de carbono e outras emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis. Segundo o pacto, os EUA se comprometiam a reduzir suas emissões em 26 a 28 por cento dos níveis de 2005 até 2025. O site Axios foi o primeiro a divulgar a decisão de Trump, acrescentando que os detalhes sobre a desfiliação estão sendo delineados por uma equipe que inclui o chefe da Agência de Proteção Ambiental norte-americana, Scott Pruitt. A escolha é entre uma retirada formal que poderia levar três anos ou um rompimento com o tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) no qual o acordo se baseia, o que seria mais rápido, mas mais radical, de acordo com o Axios. A decisão foi influenciada por uma carta de 22 senadores republicanos, entre eles o líder da maioria, Mitch McConnell, pedindo a saída, noticiou o Axios. O ex-presidente norte-americano Barack Obama, que ajudou a mediar o pacto, elogiou-o durante uma viagem pela Europa neste mês. Os EUA são o segundo maior emissor de dióxido de carbono do mundo, só atrás da China. Os apoiadores do acordo climático temem que a saída dos EUA induza outras nações a afrouxar seus compromissos ou também se retirarem, enfraquecendo um acordo que os cientistas afirmam ser crucial para evitar os impactos mais graves da mudança climática.
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