Seul e Washington realizaram no sábado (8) uma demonstração de força, num momento de crescente tensão na península, após o lançamento pela Coreia do Norte de um míssil balístico intercontinental (ICBM) em 4 de julho. As manobras militares dos dois aliados foram uma "resposta severa" aos potenciais lançamentos de mísseis por Pyongyang, segundo indicou o ministério sul-coreano das Relações Exteriores.
O exercício simulou a destruição por dois caças americanos de baterias de mísseis inimigas, enquanto aviões sul-coreanos realizaram uma série de bombardeios de alta precisão contra postos de comando subterrâneos inimigos.
"Não brinquem com um barril de pólvora", alertou o jornal norte-coreano Rodong, porta-voz do partido único no poder, em um editorial que acusa os Estados Unidos e a Coreia do Sul de aumentarem a pressão com as suas manobras militares conjuntas.
"Com a sua provocação militar perigosa, os Estados Unidos assumem o risco de uma guerra nuclear na península", escreveu o jornal, descrevendo a península como "o maior barril de pólvora do mundo". Para Pyongyang, esses exercícios militares são "uma perigosa tática militar dos beligerantes que tentam provocar uma guerra nuclear na península. Uma simples má avaliação ou um erro podem desencadear imediatamente uma guerra nuclear, o que levaria inevitavelmente a uma nova guerra mundial", ameaça o jornal.
Com informações da AFP
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