sábado, 22 de julho de 2017

E OS GOSSANS DO TAPAJÓS ?

E OS GOSSANS DO TAPAJÓS ?

NÃO EXISTEM OU NÃO FORAM IDENTIFICADOS?
“Gossans” são corpos derivados do intemperismo de corpos rochosos sulfetados rasos, pertos da superfície.
Via de regra, são enriquecidos em óxidos e hidróxidos de ferro que se preservados formam os conhecidos “chapéus de ferro”.
Os gossans de cobre, ouro, prata são conhecidos a centenas de anos.
De acordo com a literatura os requisitos para o desenvolvimento de gossans são presença de corpos sulfetados passíveis de ser atingidos por águas de superfície oxigenadas.
No tapajós nos últimos anos tem sido reveladas dezenas de corpos sulfetados.
Tem sido divulgado que na região do tapajós proliferam corpos hidrotermalizados, gigantescas caldeiras vulcânicas e sequências vulcano –sedimentares que de acordo com a literatura são ambientes favoráveis a desenvolvimento de “GOSSANS”.
Gossans, gossans onde estás que não te encontram!
JO responde:
Caro colega, os gossans remanescentes são realmente raros no Tapajós.
Tem um bem definido no garimpo Água Azul a margem direita da cabeceira do Rio Marupá, detectado pela geoquímica de bateia e desconhecido dos garimpeiros por ser afastado de qualquer igarapé, outro insipiente na Transgarimpeira próximo ao Creporizão e tem um, mas pouco mineralizado, portanto sem interesse econômico no garimpo Boa Vista. Quando você faz fiscalização só fica 2 (dois) dias e não dá para mostrar todo o resultado de anos de trabalho.
Mas realmente esses poucos exemplos não condizem com a portentosa província aurífera do Tapajós.
A causa possível desta raridade? O gossan sendo superficial pode ter sido lavrado pelos garimpeiros: muitas estórias garimpeiras de bamburros e de explicação a respeito de cor roxa do solo levam e esta hipótese. Parece ser o caso do bamburro de 1 (uma) tonelada de ouro superficial no garimpo Nossa Senhora da Conceição, de Ivan de Almeida a margem esquerda do Rio Marupá, já no município de Jacareacanga.

Se usar o nome inglês “gossan” ou “chapéu de ferro” português, ou “ Chapeau de fer “ francês ninguém vai entender, mas tente a tradução em linguagem local: “ MOCORORO” e logo vão aparecer um monte de exemplos só que a maior parte lavrados.
Se perguntar aos garimpeiros: “encontrou ouro no MOCORORO? “ via de regra, vai  responder sim, e que ele for mostrar o local onde extraiu o ouro deste mocororo, vai encontrar  fragmentos bem escuros de rejeito de gossan.
Extraído do glossário do garimpo (Ouro no barraco)

“Mucororo. ou Mocororo S. m. Material arenoso cimentado por material  ferruginoso de cor vermelha, localizado abaixo ou acima do cascalho, ou substituindo o mesmo. Geralmente mineralizado e muito duro, exige a moagem para ser bem aproveitado”

Fonte: Jornal do ouro

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