‘Inovação é a aposta do Estado’
O que a secretaria tem feito para diversificar a economia e se livrar da dependência do minério de ferro?
A crise que estamos enfrentando tem uma dimensão muito maior, vivemos uma crise mundial econômica, sólida e uma crise nacional econômica, política e institucional. O que é retratado em Minas Gerais e de fato o desafio é muito grande. Diante desse retrato, o desafio do desenvolvimento econômico é muito grandioso. Uma das estratégias é política de atração de grandes empresas para o Estado, fazendo com que haja geração de trabalho, de impostos e renda. Esse movimento de atração de empresas tem caminhado muito bem. Teremos grandes novidades daqui para frente. Esperamos a atração de R$ 8 bilhões de investimentos só este ano.
Em qual setor?
No setor cervejeiro, temos um grande player. A Ambev transferiu quase um terço da sua linha de produção no país para Minas, por entender que há um ambiente propício para esse crescimento. O Estado possui uma grande riqueza que dificilmente foi explorada durante estes anos todos, que é o valor do conhecimento. Minas tem a maior rede de universidades públicas federal, uma rede pública de universidade estadual que poucos Estados têm, uma rede privada com instituições sólidas do ensino e, consequentemente, essa mão de obra qualificada. Vamos desenvolver as ações de inovação de tecnologia porque são aliadas ao desenvolvimento econômico tradicional.
Como as startups?
Sim. A startup é um veículo que pega o conhecimento de dentro das universidades e o leva até as nossas empresas, fazendo uma geração de contratos. No ano que vem, teremos em Minas algo em torno de 5.000 startups. Hoje, nós temos cerca de 500.
Existe uma preocupação com o processo de desindustrialização que temos vivido?
Em Minas, naturalmente, a nossa cadeia industrial é muito sólida, mas a indústria também sofre uma nova remodelação. Nós temos a indústria 3D, que vai mudar o cenário, daqui a pouco vamos fazer carros com impressora. E o que não estará fora de moda são as ações de inovação. Por isso que uma aposta nesse setor é o caminho que o Estado tem apostado.
A crise que vivemos no país pode interferir nesse programa que a secretaria está fazendo?
Se formos considerar os recursos federais, teríamos um deserto imenso para prosseguir com essa ação. O único projeto que nós temos com o governo federal hoje é o Pronatec, que foi remodelado e adequado para realidades da nossa economia local. Todas as outras ações estamos fazendo com recursos próprios. O governador tem claro que essa é uma ação estratégica, uma ação importante, geradora de emprego, para a juventude especialmente.
Fonte: O Tempo
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