Histórico: Leia, a seguir, alguns nomes e dados históricos relacionados ao Sistema Solar.
• Cláudio Ptolomeu (século II) – no livro Almagesto, ou Syntaxis, descreveu a teoria dos epiciclos, segundo a qual os planetas teriam um movimento circular no espaço e outro em torno da Terra – geocentrismo. Concepção geocêntrica, segundo a qual a Terra ocuparia o centro de um sistema constituído de esferas.
• Nicolau Copérnico (1473-1543) – no seu livro Sobre as Revoluções dos Corpos Celestes, afirmou que o Sol é o centro do Sistema Solar –
heliocentrismo.
• Galileu G ali lei (1564-1642) – criou, em 1609, o primeiro telescópio, com o qual descobriu as manchas solares, as crateras e as montanhas da Lua e os maiores satélites de Júpiter. Suas observações ajudaram a comprovar a teoria de Copérnico.
• Johannes Kepler (1571-1630) – elaborou as leis da mecânica celeste, apresentadas a seguir.
– la: Lei das Órbitas – os planetas descrevem órbitas elípticas, das quais o Sol ocupa um dos focos. Portanto, existe o afélio (maior afastamento do Sol) e o periélio (menor afastamento do Sol).
– 2a: Lei das Áreas – os raios vetores que unem o Sol aos planetas descrevem áreas iguais em tempos equivalentes. Portanto, a velocidade do planeta em torno do Sol é mais rápida no periélio e mais lenta no afélio.
– 3a.: Lei dos Tempos ou dos Períodos – o quadrado dos tempos das revoluções dos planetas são proporcionais ao cubo de sua distância média ao Sol.
A expressão t2 = d3 representa a Lei dos Tempos, em que t é o tempo e d, a distância.
• Isaac Newton (1642-1727) – elaborou a Lei da Gravitação Universal: “Os corpos celestes atraem-se na razão direta das suas massas e na razão inversa do quadrado das distâncias que os separam”. Portanto, quanto maior a massa, maior a atração, e quanto maior a distância entre eles, menor a atração.
Componentes principais do Sistema Solar
Sol
O Sol, composto, principalmente, de hidrogênio e hélio, é uma estrela de quinta grandeza, amarela e, portanto, adulta, em fase de envelhecimento. Tem diâmetro de l 392 000 km. A distância média entre o Sol e a Terra é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros; no afélio é de 152 milhões e, no periélio, de 147 milhões de quilômetros.
As camadas do Sol se dividem em núcleo, fotosfera, cromosfera e coroa solar.
• Núcleo – nele acontece a fusão dos átomos de hidrogénio em hélio, ocasionando uma temperatura de 14 000 000°C.
• Fotosfera – camada visível a olho nu, na qual estão as manchas solares.
• Cromosfera – porção da atmosfera solar de cor rosada, na qual se originam as protuberâncias, gigantescas labaredas que podem atingir milhares de quilómetros de altura.
• Coroa solar – atmosfera externa, visível apenas durante os eclipses totais do Sol. Os principais movimentos do Sol são o de rotação e o de translação.
• Rotação – em torno do seu eixo, com duração de 25 dias e 10 horas.
• Translação – com o Sistema Solar, para a direção de ápex, ou seja, da estrela de Vega, na constelação de Lira.
Asteroides ou planetoide
São milhares de pequenos astros que têm suas órbitas, principalmente, entre as de Marte e de Júpiter. Ceres, o maior deles, tem 770 km de diâmetro.
Em 1951, o astrônomo Gerard Kuiper formulou a hipótese da existência de asteroides nos limites do Sistema Solar. Com o uso de modernos telescópios, hoje já se conhecem mais de 600 asteroides no cinturão de Kuiper. O mais famoso deles foi descoberto em 2003 e recebeu o nome de Sedna – uma deusa esquimó que deu vida às criaturas marinhas no Ártico. Sedna é o astro que se encontra na mais distante e fria região do Sistema Solar, na qual a temperatura nunca é superior a -240°C.
Alguns astrônomos classificaram o Sedna como o décimo planeta do Sistema Solar, mas, para a maioria deles, tratava-se de um asteroide que está hoje a 13 bilhões de quilômetros do Sol. O Sedna tem entre l 290 e l 770 quilômetros de diâmetro e leva 10 500 anos para dar uma volta em torno do Sol.
Planetas-anões
No Congresso Internacional de Astronomia, realizado em agosto de 2006, em Praga, na República Tcheca, Plutão deixou de ser considerado planeta e passou à categoria de planeta-anão. Ceres e Sedna também obtiveram essa classificação. Plutão tem 2 400 quilômetros de diâmetro e está a uma distância média de 5,9 bilhões de quilômetros do Sol.
Meteoros
São fragmentos interplanetários que, muitas vezes, são atraídos pela força gravitacional da Terra. Também conhecidos como meteoritos quando caem na superfície terrestre. No atrito com a atmosfera, incendeiam-se, formando as chamadas estrelas cadentes.
Cometas
Os cometas são formados por núcleo, cabeleira e cauda (quando passam pelo Sol) e descrevem órbitas excêntricas. O núcleo é formado, predominantemente, por gás, água congelada e partículas químicas. A cabeleira é resultante da sublimação dos gases. A cauda é formada por partículas retiradas do cometa pelos ventos solares. Os cometas mais famosos são o Cometa Halley, que passa a cada 76 anos próximo à Terra, e o Hale-Bopp, descoberto mais recentemente, que passou próximo à Terra em 1997, e que só voltará a fazer isso daqui a 4 100 anos.
Os cometas são importantes fontes de estudo para os cientistas, pois são formados por materiais originais, que não sofreram o processo de fusão e, por isso, podem fornecer informações sobre a origem do universo. Em junho de 2005, a Nasa provocou o choque da Sonda Deep Impact com o Cometa Tempel 1. O objetivo do projeto Deep Impact é investigar as origens do Sistema Solar, a formação e a composição dos cometas, a viabilidade de uma arma anti asteroides e o papel dos cometas na formação da Terra e no início da vida no planeta.
Satélite natural da Terra, a Lua apresenta volume 49 vezes menor que o da Terra e força gravitacional equivalente a 1/6 da terrestre.
Em razão da baixa gravidade, a ausência de atmosfera causa uma amplitude térmica diária de 250°C. Apresenta um relevo bastante acidentado, com crateras circulares, os circos, causadas pelo impacto de meteoritos. As planícies lunares são conhecidas como mares.
Os principais movimentos da Lua são o de rotação e o de revolução.
• Rotação – em torno do próprio eixo, com duração de 27 dias, 7 horas e 43 minutos; regula os dias e as noites lunares.
• Revolução – movimento em torno da Terra, com duração de 27 dias, 7 horas e 43 minutos, dá origem às fases da Lua e aos eclipses solares e lunares. A Lua executa órbitas elípticas em torno da Terra. O afastamento máximo denomina-se apogeu e a aproximação máxima recebe o nome de perigeu.
Os movimentos de rotação e de revolução lunares têm a mesma duração, o que faz com que um lado, a face oculta da Lua, não seja visto da Terra. Revolução sinódica ou lunação é o tempo decorrido entre duas luas novas. As posições e fases da Lua são conjunção, primeira quadratura, oposição e segunda quadratura.
• Conjunção – ocorre na lua nova ou novilúnio.
• Primeira quadratura – ocorre no quarto crescente.
• Oposição – ocorre na lua cheia ou plenilúnio.
• Segunda quadratura – ocorre no quarto minguante.
Os eclipses solares ocorrem somente na posição de conjunção, portanto na lua nova e, logicamente, durante o dia. A ocorrência desses fenômenos é explicada da seguinte maneira: os raios solares projetam o cone de sombra da Lua sobre a Terra. No trecho totalmente escurecido da Terra, ocorre o eclipse total do Sol e, nas regiões de penumbra, o eclipse parcial do Sol. Em alguns casos, porém, em razão da maior distância entre os astros, o cone de sombra não atinge nenhum ponto da Terra, ocorrendo assim eclipse anular do Sol, em que é visível somente um largo anel luminoso daquele astro.
Os eclipses solares são muito importantes para a observação da coroa solar, da cromosfera, das protuberâncias solares e de outros aspectos do Sol.
Os eclipses lunares ocorrem durante a lua cheia, isto é, quando o satélite se encontra em oposição e, evidentemente, durante a noite.
Eclipses
Quando os três astros – Sol, Terra e Lua – se apresentam alinhados no espaço, podem ocorrer os fenômenos chamados eclipses, ou seja, a ocultação do Sol (eclipses solares) ou da Lua (eclipses lunares). Os raios solares encontram a Terra e projetam no espaço o cone de sombra, que atinge a Lua, impedindo-a de refletir os raios do Sol. Os eclipses lunares também podem ser totais (1) ou parciais (2).
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