Blockchain é usado para combater diamantes de sangue e falsificações
O Blockchain está se estendendo para ajudar a combater o comércio de diamantes de sangue e a propagação de falsificações.
De acordo com um relatório recente da ONG Global Witness, a distribuição de diamantes de sangue de países devastados pela guerra, como a República Centro-Africana (RCA), está crescendo e até se encaminhando para plataformas de redes sociais.
Tanto o Facebook quanto o WhatsApp foram explorados por vendedores para fazer negócios internacionais. Os recursos são frequentemente utilizados pelas forças rebeldes no financiamento da guerra contra os governos.
Uma foto de diamantes enviada para o Global Witness  por um negociante pelo Messenger
Muitos países que mineram diamantes fazem parte do Processo Kimberley conduzido pelas Nações Unidas, um método de verificação no qual os países participantes são obrigados a produzir uma declaração para cada pedra.
O que é o Processo Kimberley? O Processo Kimberley (KP) uneadministrações, sociedades civis e a indústria em torno da redução do fluxo de diamantes de conflitos - "diamantes brutos usados para financiar guerras contra governos" - ao redor do mundo - Imagem: Kimberley Process
O problema é que os documentos são facilmente adulterados, e é impossível estar 100% certo de comprar um diamante que é livre de conflitos e legítimo.
A razão pela qual a indústria do diamantes está abraçando completamente o Blockchain é porque, no seu núcleo, a tecnologia é um livro-razão descentralizado com registros que não podem ser corrompidos.
Estima-se que cerca de dois milhões de diamantes já tenham sido registrados em sistemas Blockchain, com dados relativos à cor, quilate e clareza de uma pedra em particular. Tradicionalmente, esta informação é registrada em um certificado em papel emitido na compra.
Com os aplicativos Blockchain, os distribuidores podem facilmente estabelecer a verdadeira origem dos diamantes na rede simplesmente digitando registros, permitindo que eles tomem uma decisão informada sobre se aceitam ou não um diamante em particular.
A informação está segura na rede Blockchain, que cria uma trilha de auditoria inviolável que também pode ser usada contra a lavagem de dinheiro e fraudes de seguros.
A tecnologia não se limita à indústria de diamantes e pode ser aplicada à maioria das cadeias de abastecimento. Várias empresas em Cingapura estão buscando aplicá-la ao comércio global de commodities que podem ser adotadas tanto por comerciantes como por atacadistas, para melhorar a segurança e a velocidade das cadeias de suprimentos.

Fonte: Terra