Força-tarefa encontra 16 garimpos ilegais em fiscalizações no Amazonas
Agência Brasil
Uma operação para coibir a atividade de garimpo ilegal Rio Jandiatuba, no Amazonas, feita por uma força-tarefa do Ministério Público Federal, Exército e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou 16 dragas (equipamentos de extração utilizados na mineração) em funcionamento. Devido ao baixo nível do rio provocado pela estiagem, a fiscalização só conseguiu chegar até cinco dragas, todas sem documentação.
A força-tarefa fez a operação, entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, para coibir a atividade garimpeira ilegal que tem avançado sobre a região do Rio Jandiatuba, no município de São Paulo de Olivença (AM), a 988 quilômetros de Manaus, e nas proximidades da fronteira com a Colômbia.
O resultado foi divulgado hoje (6) pelo MPF. Um sobrevoo na área identificou 16 dragas em funcionamento e uma equipe foi deslocada de barco para identificar os responsáveis. De acordo com o procurador da República em Tabatinga (AM), Alexandre Aparizi, as ações na região também são resultado de denúncias dos próprios moradores e da Fundação Nacional do Índio (Funai) por causa da presença dos garimpos em terras indígenas onde vivem, inclusive, indígenas isolados.
“O MPF tem um inquérito civil há mais ou menos três anos sobre a extração ilegal de ouro no Rio Jandiatuba. Sempre chega informações sobre o garimpo ilegal e situações de violência contra a população. A própria questão do mercúrio, que é utilizado para fazer separação do ouro e vai parar no rio. Existe uma terra indígena lá, então a gente recebe muitas denúncias da própria Funai”, explicou o procurador.
Dragas destruídas
Segundo Ministério Público Federal, quatro máquinas foram destruídas e uma foi apreendida após a retirada das pessoas que trabalhavam na área. Elas foram orientadas a denunciarem represálias dos responsáveis pelas dragas, que não costumam ficar nesses locais. Cada draga custa, aproximadamente, R$ 1 milhão.
“A destruição é criticada por alguns, é como se fosse um último instrumento a ser utilizado, mas, naquelas circunstâncias, obedecia aos requisitos da lei. Se você vai no meio do rio, multa o garimpeiro ou se faz a apreensão da draga e deixa o garimpeiro como depositário da draga, ela não vai parar. Ela vai continuar operando. É um negócio muito lucrativo”, disse Aparizi.
O procurador informou que um relatório final da ação está sendo elaborado pelo Ibama e vai trazer as informações sobre outras apreensões, multas e pessoas envolvidas na atividade ilegal.
Novas operações serão feitas no curso do Rio Jandiatuba para retirar os equipamentos que ficaram e mapear outros possíveis locais de garimpo ilegal. “Todo mundo tem um papel fundamental, as instituições estão em sintonia”, disse o procurador.
Fonte: Agência Brasil
A força-tarefa fez a operação, entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, para coibir a atividade garimpeira ilegal que tem avançado sobre a região do Rio Jandiatuba, no município de São Paulo de Olivença (AM), a 988 quilômetros de Manaus, e nas proximidades da fronteira com a Colômbia.
O resultado foi divulgado hoje (6) pelo MPF. Um sobrevoo na área identificou 16 dragas em funcionamento e uma equipe foi deslocada de barco para identificar os responsáveis. De acordo com o procurador da República em Tabatinga (AM), Alexandre Aparizi, as ações na região também são resultado de denúncias dos próprios moradores e da Fundação Nacional do Índio (Funai) por causa da presença dos garimpos em terras indígenas onde vivem, inclusive, indígenas isolados.
“O MPF tem um inquérito civil há mais ou menos três anos sobre a extração ilegal de ouro no Rio Jandiatuba. Sempre chega informações sobre o garimpo ilegal e situações de violência contra a população. A própria questão do mercúrio, que é utilizado para fazer separação do ouro e vai parar no rio. Existe uma terra indígena lá, então a gente recebe muitas denúncias da própria Funai”, explicou o procurador.
Dragas destruídas
Segundo Ministério Público Federal, quatro máquinas foram destruídas e uma foi apreendida após a retirada das pessoas que trabalhavam na área. Elas foram orientadas a denunciarem represálias dos responsáveis pelas dragas, que não costumam ficar nesses locais. Cada draga custa, aproximadamente, R$ 1 milhão.
“A destruição é criticada por alguns, é como se fosse um último instrumento a ser utilizado, mas, naquelas circunstâncias, obedecia aos requisitos da lei. Se você vai no meio do rio, multa o garimpeiro ou se faz a apreensão da draga e deixa o garimpeiro como depositário da draga, ela não vai parar. Ela vai continuar operando. É um negócio muito lucrativo”, disse Aparizi.
O procurador informou que um relatório final da ação está sendo elaborado pelo Ibama e vai trazer as informações sobre outras apreensões, multas e pessoas envolvidas na atividade ilegal.
Novas operações serão feitas no curso do Rio Jandiatuba para retirar os equipamentos que ficaram e mapear outros possíveis locais de garimpo ilegal. “Todo mundo tem um papel fundamental, as instituições estão em sintonia”, disse o procurador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário