sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Novo 'It – A coisa' é remake macabro e histérico para fãs de 'Stranger Things'

Novo 'It – A coisa' é remake macabro e histérico para fãs de 'Stranger Things'

Filme baseado em livro de 1986 de Stephen King influenciou série da Netflix



Em 'It – A coisa', um monstro que se alimenta de crianças ameaça uma cidade na forma do palhaço Pennywise
DO G1
Taí um problema deste mundo em que séries e filmes são produzidos levando em consideração curtidas e hashtags.

Em tempos pós "Stranger Things", o remake de "It – A coisa" pode parecer cópia ou algo que "bebeu na fonte" daquilo que ele, clássico que é, inspirou. E que só nasceu décadas depois.

O novo filme chega nesta semana aos cinemas brasileiros e mais uma vez é baseado no livro de 1986 de Stephen King

Tá certo que "It" é, abre muitas aspas, uma "cópia" bem mais macabra e assustadora – e histérica também. Ainda assim, rola uma desvalorização dessa história que é de referência, mas que acabou esmagada entre as duas temporadas de uma das séries mais populares na Netflix hoje.

O diretor argentino Andrés Muschietti diz que é coincidência. Mas até o jovem ator Finn Wolfhard, o Mike de "Stranger Things", é um dos destaques do elenco do filme.

Coisas estranhas

Na trama de "It", sete amigos de uma pequena cidade dos Estados Unidos decidem investigar a fundo o desaparecimento de crianças na região. Entre elas está Georgie, irmão de Bill (Jaeden Lieberher), o líder do simpático grupo conhecido como o Clube dos Perdedores.

Eles descobrem que o responsável pelos sumiços é um monstro que se abastece de medo, se alimenta de crianças e que toma a forma daquilo que mais assusta suas vítimas.

O que geralmente acaba sendo (e com razão) o palhaço encapetado Pennywise, interpretado aqui por Bill Skarsgård ("A série divergente").
 
Quem viu 'Stranger Things' vai notar coisas em comum:
Grupo de amigos nerds lutando contra uma ameaça sobrenatural

Membro do grupo raptado e desaparecido

Menina diferentona e carismática que se junta ao bando

Bicicletas a torto e a direito – e que sempre acabam largadas no meio da rua

Venha pelo terror, fique pela 'broderagem'
O novo "It" segura a onda apesar das suas 2 horas e 15 minutos e é... Divertido.

A refilmagem até tenta resgatar o terror que arrepiou a nunca da criançada nos anos 1990 e transformou o primeiro Pennywise, de Tim Curry, em um dos maiores personagens do gênero. Mas o filme vai bem de verdade quando se debruça sobre a jornada de amizade "unidos venceremos" do Clube dos Perdedores.

Skarsgård aparece bem como o novo Pennywise, mais macabro e nojento que o original. O ator sueco empresta um olhar e um sorriso perturbadores à figura dentuça e de cabelos desgrenhados. Tem ainda uma a malemolência física necessária para as cenas mais dignas de pesadelos.

Quer dizer, teria... A primeira metade do filme é um vai e vem entre o dia a dia dos perdedores e a primeira vez que cada um deles viu Pennywise. Como a mudança é brusca, é fácil saber quando a cena é leve e quando é de tensão.

A trilha sonora fica pesada, a câmera se esconde, o personagem fica eletrizado, e aí não tem medo. São só momentos de sustos baratos, os "scare jumps", com algum barulhão do nada fazendo você saltar da cadeira. O novo palhaço Pennywise passaria fome na vida real com essa histeria toda.

Com um bom monstro sub-desenvolvido, cabe ao Clube dos Perdedores tocar o barco, o que acontece até com certa facilidade.

Cada membro do grupo parte de um dos vários estereótipos de filmes dos anos 1980 e 1990 – o líder tímido, o filhinho de mamãe, o gordinho etc. É assim que dão um banho de carisma, além de demonstrarem como essas personalidades podem ser complexas

Fonte: G1

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