Novo 'It – A coisa' é remake macabro e histérico para fãs de 'Stranger Things'
Filme baseado em livro de 1986 de Stephen King influenciou série da Netflix
DO G1
Taí um problema deste mundo em que séries e filmes são produzidos levando em consideração curtidas e hashtags.
Em tempos pós "Stranger Things", o remake de "It – A coisa" pode parecer cópia ou algo que "bebeu na fonte" daquilo que ele, clássico que é, inspirou. E que só nasceu décadas depois.
O novo filme chega nesta semana aos cinemas brasileiros e mais uma vez é baseado no livro de 1986 de Stephen King
Tá certo que "It" é, abre muitas aspas, uma "cópia" bem mais macabra e assustadora – e histérica também. Ainda assim, rola uma desvalorização dessa história que é de referência, mas que acabou esmagada entre as duas temporadas de uma das séries mais populares na Netflix hoje.
Coisas estranhas
Na trama de "It", sete amigos de uma pequena cidade dos Estados Unidos decidem investigar a fundo o desaparecimento de crianças na região. Entre elas está Georgie, irmão de Bill (Jaeden Lieberher), o líder do simpático grupo conhecido como o Clube dos Perdedores.
Eles descobrem que o responsável pelos sumiços é um monstro que se abastece de medo, se alimenta de crianças e que toma a forma daquilo que mais assusta suas vítimas.
O que geralmente acaba sendo (e com razão) o palhaço encapetado Pennywise, interpretado aqui por Bill Skarsgård ("A série divergente").
Quem viu 'Stranger Things' vai notar coisas em comum:
Grupo de amigos nerds lutando contra uma ameaça sobrenaturalMembro do grupo raptado e desaparecido
Menina diferentona e carismática que se junta ao bando
Bicicletas a torto e a direito – e que sempre acabam largadas no meio da rua
Venha pelo terror, fique pela 'broderagem'
O novo "It" segura a onda apesar das suas 2 horas e 15 minutos e é... Divertido.
A refilmagem até tenta resgatar o terror que arrepiou a nunca da criançada nos anos 1990 e transformou o primeiro Pennywise, de Tim Curry, em um dos maiores personagens do gênero. Mas o filme vai bem de verdade quando se debruça sobre a jornada de amizade "unidos venceremos" do Clube dos Perdedores.
Skarsgård aparece bem como o novo Pennywise, mais macabro e nojento que o original. O ator sueco empresta um olhar e um sorriso perturbadores à figura dentuça e de cabelos desgrenhados. Tem ainda uma a malemolência física necessária para as cenas mais dignas de pesadelos.
Quer dizer, teria... A primeira metade do filme é um vai e vem entre o dia a dia dos perdedores e a primeira vez que cada um deles viu Pennywise. Como a mudança é brusca, é fácil saber quando a cena é leve e quando é de tensão.
A trilha sonora fica pesada, a câmera se esconde, o personagem fica eletrizado, e aí não tem medo. São só momentos de sustos baratos, os "scare jumps", com algum barulhão do nada fazendo você saltar da cadeira. O novo palhaço Pennywise passaria fome na vida real com essa histeria toda.
Com um bom monstro sub-desenvolvido, cabe ao Clube dos Perdedores tocar o barco, o que acontece até com certa facilidade.
Cada membro do grupo parte de um dos vários estereótipos de filmes dos anos 1980 e 1990 – o líder tímido, o filhinho de mamãe, o gordinho etc. É assim que dão um banho de carisma, além de demonstrarem como essas personalidades podem ser complexas
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário