segunda-feira, 11 de setembro de 2017

O “mistério” da Estrela de Belém

MITO CADENTE: Estudiosos do Evangelho dizem que a estrela-guia era uma metáfora comum na época
Pode esperar. Tão inevitáveis quanto os papais noéis de shoppings em dezembro são reportagens sobre o “mistério” da Estrela de Belém, astro que teria guiado os magos do Oriente ao menino Jesus. O mistério é fundado num mal-entendido: vários estudiosos do texto bíblico apontam que a estrela é apenas uma metáfora.

No livro The Nativity, o historiador Geza Vermes menciona os três candidatos mais frequentes à posição de estrela-guia: uma supernova, o cometa de Halley ou uma conjunção de planetas. Vermes, especializado na vida e na época de Jesus, descarta todos. Da supernova não há confirmação, e tanto o cometa quanto a conjunção vieram cedo demais, cerca de uma década antes da data de que se deduz dos Evangelhos.

O crucial, explica Vermes, é entender que a busca astronômica não faz sentido: a estrela no texto é simbólica. A primeira pista é uma profecia do Velho Testamento, segundo a qual “uma estrela virá de Jacó e um cetro se erguerá de Israel”. Segundo o pesquisador, muito da literatura judaica nos séculos dos Evangelhos interpretava essa referência a “estrela” e “cetro” como metáfora para um rei messiânico.

Além disso, outras tradições associavam luzes brilhantes ao nascimento de figuras importantes, como de Noé e Moisés. “Nesse contexto”, escreve Vermes, “não é irracional supor que a ideia da estrela e a narrativa dos magos” tenham surgido do clima cultural do período dos Evangelhos.


HO-HO-HO
>>> PAPAI NOEL EXISTE?
A pergunta não é tão tola quanto parece. Afinal, todos os anos Papai Noel é avistado por milhões de crianças e adultos de todo o mundo, e muitas dessas testemunhas, principalmente as crianças, são inocentes e não têm motivo para mentir. Mesmo que muitos dos Noéis avistados sejam impostores, ninguém nunca conseguiu provar que todos são.

Os céticos citam a falta de evidência de uma morada no Polo Norte, mas é óbvio que um ser capaz de fazer voar um trenó de renas e de visitar os cinco continentes numa única noite também deve ser capaz de manter sua base invisível.

Achou o argumento esquisito? Absurdo? Mas troque “Papai Noel” por “alienígenas” ou “fantasmas” e, com adaptações mínimas, vai aparecer algo que muita gente leva bem a sério.
Fonte: Terra

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