Samarco pede licença para volta de operações em Mariana (MG)
A Samarco solicitou à Semad (Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), a segunda licença necessária para a volta das atividades do Complexo Germano, em Mariana, na região central de Minas Gerais. A estrutura teve as atividades interrompidas após o rompimento da barragem de Fundão, que fazia parte do conjunto. O acidente aconteceu em novembro de 2015 e deixou 19 mortos e centenas de desabrigados.
No pedido, feito no dia primeiro de setembro, a mineradora solicitou o Licenciamento Operacional Corretivo. Para isso, foi entregue um EIA (Estudo de Impacto Ambiental). Além desse licenciamento, para a volta das operaões, a mineradora também precisa da autorização para dispor rejeitos das futuras atividades na cava Alegria Sul, que fica no Complexo. Essa lincença foi solicitada no ano passado e ainda aguarda análise.
No novo pedido, divulgado pela Imprensa Oficial do Governo de Minas, nesta quinta-feira (5), a mineradora pede autorização para trabalhos com linhas de transmissão de energia elétrica, tratamento a úmido de minério de ferro, extração de areia e cascalho para utilização de obras de infraestrutura, além da barragem de contenção de rejeitos.
Procurada pelo R7, a Semad informou que não há previsão para conclusão das análises e de volta das operações da Samarco. O processo da mineradora na Secretaria possui, aproximadamente, 5.000 páginas e precisa ser analisado pela equipe técnica, que pode, ainda, solicitar outros estudos de impacto. Em relação à solicitação sobre a cava Alegria Sul, o órgão explicou que precisa de anuência do Instituto Chico Mendes para dar continuidade à inspeção, uma vez que a estrutura fica próxima à Serra do Gandarela.
O que é a cava Alegria Sul?
A cava, batizada de Alegria Sul, é uma cratera formada pela retirada de minério, que fica dentro do Complexo Germano. A proposta da Samarco é usá-la para depositar os rejeitos de atividades da mineradora, uma vez que as barragens já existentes não podem mais receber o material. Na tragédia de 2015, a de Fundão foi destruída e a de Santarém foi danificada. Já a de Germano chegou à capacidade máxima de operação. Uma barragem de contenção, batizada de Nova Santarém, foi construída para receber os rejeitos remanescentes de Fundão e de Santarém, mas novos resíduos não podem ser depositados nela.
Fonte: R7
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