CSN prevê captação externa na virada do ano e redução da alavancagem à metade em 2018
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente-executivo e chairman da siderúrgica CSN, Benjamin Steinbruch, disse nesta sexta-feira que a companhia planeja fazer uma captação com bônus no mercado internacional, dentro dos esforços para melhorar o perfil de endividamento.
“Pensamos em fazer uma captação no mercado internacional entre o final deste ano e o início de 2018”, disse o executivo à Reuters, às margens de evento sobre o Jockey Club de São Paulo, órgão do qual é presidente do conselho.
“O cenário recente melhorou e as negociações para vendas de ativos, também”, disse Steinbruch, sem dar mais detalhes.
No balanço auditado mais recente da companhia, o do terceiro trimestre de 2016, a dívida líquida consolidada da CSN era de 25,84 bilhões de reais e alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda estava em 7,4 vezes.
“Nossa meta é reduzir essa relação para 3,5 vezes; já era para termos conseguido fazer isto neste ano, mas devemos fazer em 2018”, disse o executivo.
Para Steinbruch, o melhor ambiente econômico no Brasil e no exterior, especialmente por causa da China, também deve ajudar a CSN a elevar preços do aço, com as receitas adicionais também potencialmente ajudando a reduzir a dívida.
A CSN não divulgou os resultados auditados dos últimos três trimestres, enquanto tenta ajustar dados contábeis referentes à sua operação Congonhas Minérios.
Uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Congonhas Minérios está em discussão, disse Steinbruch, mas não deve acontecer no curto prazo.
O executivo deixou a coletiva sobre anúncio de revitalização do Jockey Club de São Paulo para participar de reunião do conselho de administração da CSN. O encontro pode dar aval aos relatórios financeiros atrasados da companhia, que poderiam ser divulgados ainda nesta sexta-feira, disse ele.
As ações da CSN encerraram nesta sexta-feira em alta de 3 por cento, a 10,16 reais. O Ibovespa Fonte:Reuters
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