quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Ouro fecha em baixa em NY com dólar mais fraco e perspectiva de alta de juro


O contrato futuro de ouro fechou em baixa nesta quinta-feira, 5, reagindo a um dólar mais forte e a uma maior perspectiva de uma nova elevação nas taxas de juros nos Estados Unidos.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro recuou 0,28%, a US$ 1.273,20 por libra-peso.

Os preços do ouro estão no caminho para a quarta semana consecutiva de perdas, tendo recuado mais de 5% desde que atingiram seu nível mais alto em mais de um ano, no início de setembro, em grande parte devido ao renovado compromisso do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de elevar as taxas de juros pela terceira vez neste ano. De acordo com os contratos dos Fed funds, compilados pelo CME Group, as chances de um aperto monetário em dezembro passaram de 77,5% ontem para 85,5% nesta tarde.

Nesta quinta-feira, o presidente da distrital de San Francisco do Fed, John Williams, expressou confiança de que a inflação irá subir para a meta de 2% do banco central, garantindo aumentos graduais nos juros. Como a inflação permanece abaixo do alvo neste ano, alguns investidores estavam antecipando que o banco central poderia ser mais cauteloso em seu ritmo de aperto monetário, o que elevou a perspectiva dos preços do ouro, com o metal também sendo impulsionado por tensões geopolíticas renovadas entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.

“O ouro reagiu aos comentários de dirigentes do Fed recentemente, mas não posso deixar de pensar até certo ponto que uma nova elevação nos juros já está precificada”, disse o analista de metais preciosos do HSBC James Steel.

Além disso, o dólar mais forte em relação ao euro ajuda a pressionar o ouro, já que o metal é cotado na moeda americana e tende a perder força quando o dólar sobe porque seus preços ficam mais caros para investidores que operam em outras divisas. Nesta quinta-feira, o euro voltou a ser atingido pela tensão política na Espanha entre o governo central de Madri e o governo regional da Catalunha. Fonte: Dow Jones Newswires

Fonte:  Estadão

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