A empresa divulgou estimativas de que a riqueza global bruta de patrimônios privados cresceu 7,1% e atingiu o valor recorde de 169,2 trilhões de euros. Na avaliação estão incluídos depósitos bancários, títulos, assim como seguros e fundos de pensão, mas não considera bens imobiliários.
De acordo com a Allianz, quase 70% do aumento foi atribuído a mudanças de valor de ações e títulos. No montante líquido – após a subtração de dívidas – a riqueza mundial aumentou 7,6% para 128,5 trilhões de euros – outro recorde.
Em quase todos os países industrializados, dois terços do dinheiro recém-adquirido foi aplicado em depósitos bancários, apesar das baixas taxas de juros.
"O comportamento de poupança de investidores privados ainda é caracterizado por bastante timidez", comentou o economista-chefe da Allianz, Michael Heise, na apresentação do relatório em Frankfurt.
Em sua oitava edição, a Allianz analisou os ativos e passivos de orçamentos privados em 53 países. Para o ano de 2016, os maiores ativos econômicos brutos per capita foram registrados na Suíça (268.840 euros), nos EUA (221.690 euros) e na Dinamarca (146.490 euros). Após a dedução de dívidas, os americanos lideraram a lista (177.210 euros), seguidos por suíços (175.720 euros) e japoneses (96.890 euros).
Na lista dos países com os orçamentos privados mais ricos do mundo, a Alemanha ocupa o meio da tabela. No quesito dinheiro líquido per capita, a maior economia da Europa ocupou a 18ª colocação (49.760 euros), enquanto na riqueza bruta terminou em 19ª (70.350 euros).
Para efeito de comparação: o Brasil somou 4.980 euros (41ª colocação no ranking mundial) no quesito riqueza líquida per capita, enquanto somou apenas 8.410 euros (40ª posição) na somatória bruta. O estudo da Allianz avaliou 53 países.
As seis pessoas mais ricas do Brasil possuem uma riqueza equivalente ao patrimônio de 100 milhões de brasileiros com menos recursos, metade da população do país, segundo um relatório divulgado na segunda-feira pela organização Oxfam.
"O Brasil permanece com um dos piores países do mundo em matéria de desigualdade de rendimento e tem mais de 16 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza", indicou o estudo "A distância que nos une", elaborado pela organização não governamental Oxfam Brasil. A ONG alertou que a tendência é "ainda mais preocupante" porque, segundo as projeções do Banco Mundial, o Brasil poderá ter mais 3,6 milhões de pobres até ao final deste ano.
A Oxfam indicou como fatores das enormes diferenças no país "o sistema tributário regressivo que pesa fortemente sobre a classe média e mais pobre", a "discriminação" por raça e gênero e a "falta de espírito democrático do sistema político, que concentra o poder e é altamente propenso à corrupção".
Fonte: MSN
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