sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Minérios do Vale do Jequitinhonha MG.

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise sobre o histórico do extrativismo mineral no Vale do Jequitinhonha. Levando em considerações a pesquisa realizada sobre o passado da extração de ouro e diamante e o futuro através da extração do minério de ferro.
2.Discussão teórica 2.1 Século XVII- O Início da Colonização do Vale do Jequitinhonha
A história que registra a luta pela conquista do Vale do Jequitinhonha começou em 1550. Em meados do Século XVI, as primeiras expedições financiadas e organizadas pelo governo português, conhecidas como entradas atingiram o Vale do Jequitinhonha. As entradas partiam de um ponto no litoral e tinham como objetivos aprisionar índios, explorar o interior e procurar pedras e metais preciosos no Brasil.
As entradas foram ordenadas pelas autoridades coloniais e enviadas à procura de pedras e metais preciosos, que não foram encontrados.Elas abriram os caminhos que, no século seguinte foram ampliadas pelas bandeiras. Estas, saídas em especial de São Paulo, eram de iniciativa particular e tinham como objectivo primordial a caça de índios, mão-de-obra mais barata que a dos negros, para trabalharem nas fazendas. O Alto Jequitinhonha continha muito ouro e diamantes, que despertaram a atenção dos Bandeirantes paulistas e dos reis de Portugal. Com isso intensificaram as Entradas e as Bandeiras. As expedições de bandeirantes organizadas por particulares eram conhecidas como Bandeiras. As organizadas pelo governo eram conhecidas como Entradas.
Os bandeirantes penetraram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais. Quando os primeiros exploradores chegaram ao Brasil, o maior objeto de desejo era o ouro. Mas somente depois de um século é que foi achado o tão sonhado ouro, por bandeirantes paulistas. A expedição de Francisco Bruza Espinosa (1553/1554), acompanhada do jesuíta padre Aspilcueta Navarro, foi a primeira a penetrar nas terras do Jequitinhonha. A entrada de Espinosa-Navarro, acompanhando o Rio Jequitinhonha, chegou à Serra do Espinhaço, na região do Serro, Diamantina e Minas Novas, alcançando também a foz do Rio, no município de Belmonte. Outra expedição, a de Sebastião Fernandes Tourinho (1573), encorajada pelas notícias das potencialidades do solo e da existência de jazidas de esmeraldas, partiu em busca de minerais, passando pelo rio Araçuaí. Tourinho recolheu turmalinas, crisólitas, safiras, topázios, berilos e águas marinhas. No ano seguinte, a expedição de Antônio Dias Adorno subiu o Rio Jequitinhonha e no solo do vale do Araçuaí colheu pedras e minérios que revelavam a existência de metais preciosos.
A primeira descoberta de ouro, no final do século XVII, processou-se na cidade do Serro, atraindo multidões de garimpeiros. Em 1725 foi instalada a Casa de Fundição do Ouro, para a cobrança do quinto, e o Serro passou a receber toda a produção de ouro do norte de Minas. Nas regiões próximas, como Diamantina, Minas Novas, Grão Mogol e em outras áreas foram instalados os primeiros núcleos de mineiros. A partir daí então, se deu a formação de vilas, povoados e pequenas cidades do Vale do Jequitinhonha.
Fonte: Revista Nossa História – dezembro 2003. Lavagem de diamantes no arraial de Curralinho, litografia de Rugendas feitores calçados e bem vestidos, negros seminus e com os pés na água: nas minas, a rígida hierarquia da sociedade escravocrata.
2.2 O Extrativismo É a atividade de coleta de produtos naturais, sejam estes produtos de origem vegetal, animal, ou mineral. Esses produtos podem ser cultivados para fim comerciais, industriais e para subsistência, e ela é a atividade mais antiga desenvolvida pelo ser humano. É considerada a mais antiga atividade humana, antecedendo a agricultura, a pecuária e a indústria.
2.3 Extrativismo vegetal
É um processo de exploração dos recursos vegetais nativos (ou seja, naturais de um lugar), onde as pessoas apenas coleta ou apanha os produtos que vai encontrando em uma determinada região. Não é um processo que produz muito, porque a pessoa tem que vagar pela mata ou campo à procura do seu objetivo: madeira, borrachas, ceras, fibras, frutos, nozes, produtos medicinais entre outros.
No vale do Jequitinhonha o extrativismo vegetal mais ocorrente é o das sempre-vivas que são especialmente abundantes ao longo da cadeia do Espinhaço, notadamente em Minas Gerais, mas também ocorrem na Bahia e nos cerrados de Goiás e Pará. Apesar de serem coletadas e comercializadas em todos esses Estados, Minas Gerais, especialmente o município de Diamantina, ao Norte do Estado, destaca-se como o maior pólo de comercialização de Sempre-vivas no Brasil, tanto por razões históricas, como também em função da enorme diversidade de espécies Sempre-vivas que ocorrem na região. De fato, Diamantina é considerado o centro da diversidade dessas espécies no mundo e as principais famílias botânicas dessas plantas são: Eriocaulaceae, Xyridaceae e Cyperaceae; a coleta e comercialização de Sempre-vivas iniciaram-se na cidade por volta de 1930.
Desde o início, esta atividade esteve associada à subsistência dos moradores de pequenos distritos e povoados da região que tinham no garimpo sua principal fonte de renda. Com o passar dos anos e a diminuição dos veios de pedras preciosas e semipreciosas, o extrativismo vegetal passou a ser a principal fonte de renda em muitas dessas comunidades, no entanto, esse aumento na importância do extrativismo ao longo desses 70 anos de atividade tem contribuído para o esgotamento da produção dos campos nativos de Sempre-vivas; a ponto de se encontrarem criticamente ameaçadas algumas das espécies de maior valor comercial.
2.4 Extrativismo animal
No passado, para conseguir parte de seus alimentos, os seres humanos praticavam a pesca e a caça de animais, atualmente existem técnicas mais desenvolvidas para a pesca comercial, apesar da pesca artesanal e a esportiva serem praticadas de modo tradicional. No Vale do Jequitinhonha por muito tempo a pesca no Rio Jequitinhonha foi praticada, mas hoje em dia com a construção de barragens e também devido a pesca predatória, a atividade pesqueira não acontece com tanto êxito.
2.5 Extrativismo mineral
Extrativismo mineral tem por característica e alteração drástica do ambiente onde é promovido, esse tipo de extrativismo tem por fim o uso direto ou indireto. Ele é direto quando, como no caso da água mineral, o produto mineral extraído é utilizado em sua forma natural. É considerado indireto, que é o caso da maioria dos minerais, quando o produto extraído é destinado a indústrias para passar por transformações que darão origens a produtos com maior valor agregado, a tecnologia de extração também pode variar entre simples e mais complexa. Minas Gerais é considerado um dos estados de maior riqueza mineral, e com grande destaque para o Vale do Jequitinhonha que é reconhecido por sua diversidade de gemas.
As gemas mineiras são conhecidas por sua diversidade, valor, beleza e qualidade. Além de ser o único produtor brasileiro de diamantes, o estado tem uma infinidade de crisoberilos, especialmente a alexandrita e o olho-de-gato; topázio imperial e azul, de diferentes cores, inclusive bicolores; berilos, representados pelas esmeraldas, águas marinhas, heliodoros e morganitas, quartzos, caracterizados nas suas diversas cores e denominações; granadas, andaluzitas, kunzitas, hidenitas, brasilianitas, além de outras gemas e até peças de coleção, raras e exóticas.
O Brasil é sem dúvida, o país que apresenta maior frequência de pegmatitos, grandes partes dos quais muitas vezes mineralizados, distribuídos em várias regiões pegmatíticas. Dentre essa região destaca-se o Vale do Jequitinhonha.
No Vale do Jequitinhonha principalmente nas cidades de Salinas, Virgem da
Lapa, Coronel Murta, Capelinha, Araçuaí, Itinga, Almenara e Medina se encontram grandes quantidades de minerais de pegmatito e que estão entre os seus bens minerais de maior valor econômico, destacando-se: berilo, água-marinha, alexandrita, crisoberilo, ametista, citrino, topázio, turmalina, quartzo rosa, minerais de lítio, cassiterita, tantalita, granadas, feldspato, columbita, diamante, etc.
Como característica dessa região em relação a outras do país pode-se perceber um maior tamanho e uma maior frequência dos corpos além de uma menos simplicidade estrutural e de uma maior variedade mineral. É fato marcante desses pegmatitos também um menor estagio erosivo e de alteração, estando os feldspatos menos alterados, o que permite seu aproveitamento.
As abóbadas, dos corpos estão mais preservadas conservando as partes que contem minerais metálicos. É comum também ocorrer em todos os pegmatitos zoneamento vertical e lateral.
O aproveitamento desses pegmatitos vem sendo feito há mais de 30 anos, através da garimpagem, principalmente da extração das gemas em grandes produções de minerais uraníferos comercializados.
Os pegmatitos de modo geral são de lavra de difícil racionalização, devido ao pequeno volume e irregularidades na mineralização. Entretanto, a garimpagem nos moldes em que vem sendo realizada, é predatória. A produção atual desses pegmatitos é impossível de ser avaliado, porém diminuiu consideravelmente devido as dificuldades de extração, à medida que avança a profundidade.
É necessário, contudo fomentar e fiscalizar a produção bem como oferecer melhores condições sociais a essa população marginalizada que são os garimpeiros.
3.Apresentação dos dados
O Brasil é sem dúvida, o país que apresenta maior frequência de pegmatitos, grandes partes dos quais muitas vezes mineralizados, distribuídos em várias regiões pegmatíticas. Dentre essa região destaca-se o Vale do Jequitinhonha.
No Vale do Jequitinhonha principalmente nas cidades de Salinas, Virgem da
Lapa, Coronel Murta, Capelinha, Araçuaí, Itinga, Almenara e Medina se encontram grandes quantidades de minerais de pegmatito e que estão entre os seus bens minerais de maior valor econômico, destacando-se: berilo, água-marinha, alexandrita, crisoberilo, ametista, citrino, topázio, turmalina, quartzo rosa, minerais de lítio, cassiterita, tantalita, granadas, feldspato, columbita, diamante, etc.
Como característica dessa região em relação a outras do país pode-se perceber um maior tamanho e uma maior frequência dos corpos além de uma menos simplicidade estrutural e de uma maior variedade mineral. É fato marcante desses pegmatitos também um menor estagio erosivo e de alteração, estando os feldspatos menos alterados, o que permite seu aproveitamento.
As abóbadas, dos corpos estão mais preservadas conservando as partes que contem minerais metálicos. É comum também ocorrer em todos os pegmatitos zoneamento vertical e lateral.
O aproveitamento desses pegmatitos vem sendo feito há mais de 30 anos, através da garimpagem, principalmente da extração das gemas em grandes produções de minerais uraníferos comercializados.
Os pegmatitos de modo geral são de lavra de difícil racionalização, devido ao pequeno volume e irregularidades na mineralização. Entretanto, a garimpagem nos moldes em que vem sendo realizada, é predatória. A produção atual desses pegmatitos é impossível de ser avaliado, porém diminuiu consideravelmente devido as dificuldades de extração, à medida que avança a profundidade.
É necessário, contudo fomentar e fiscalizar a produção bem como oferecer melhores condições sociais a essa população marginalizada que são os garimpeiros.
Imagens das principais gemas extraídas no Vale Jequitinhonha.
Água-Marinha Crisoberilo
Berilo Ametista
Alexandrita Diamantee
Citrino Turmalina
Topázio Quartzo Rosa
4.Considerações 1.O Vale
Mesmo passado mais de duzentos anos de extração de recursos minerais, o
Vale do Jequitinhonha ainda possui grandes riquezas em seu subsolo, porem não possuem uma produção sustentável, e continua sofrendo com a exploração dos mesmos desde os tempos coloniais. No Vale são extraídas toneladas de pedras ornamentais de grande valor, entretanto são retiradas e levadas para outras regiões beneficiando-as, fazendo com que a maior parte da população do vale permaneça economicamente falando pobres e enriquecendo como nos tempos da grande mineração pouquíssimas pessoas.
O vale do Jequitinhonha passa por esse problema até hoje, devido sua riqueza ser extraída e a maior parte ser comercializada in natura para outra região, o que ocasiona uma perda de grande valor de agregação na pedra em relação a uma lapidada. Um caso interessante dessa exploração de pedras semipreciosas acontece no município de Araçuaí, onde os garimpeiros tentam o sustento da família em pequenas lavras na zona rural do município, onde são retiradas grandes quantidades de pedras e levadas para Teófilo Otoni para serem comercializadas.
Teófilo Otoni está localizado no vale do mucuri, onde existe um grande comercio voltado para o setor de pedras preciosas e semipreciosas, conhecido como ‘capital Mundial de pedras preciosas’ enquanto os verdadeiros produtores não são reconhecidos. O que acontece em Araçuaí e em todo o Vale do Jequitinhonha é que falta desenvolver potencial para juntar valores ao comercio de pedras e organização do setor. A cadeia produtiva nessa área precisa de investimentos e capacitação da população regional no intuito de gerar emprego e renda para essas famílias.
O Vale do Jequitinhonha já é um exportador de pedras preciosas e outros minerais, porem em pequena escala para o Japão e os Estados Unidos, pelo fato de não ter uma mão de obra qualificada para a lapidação dessas pedras. Uma ação positiva voltada para este setor no caso de Araçuaí citado acima, o SESI/SENAI da cidade implantou o curso de lapidação de gemas voltado para a população, com o objetivo de capacitar esses cidadãos para o mercado de trabalho regional. O vale necessita é de políticas publicas voltadas para a capacitação dessa população, pois a riqueza natural elas possuem, só precisão de investimentos e incentivos para o seu desenvolvimento.
4.2 Mega Projeto de Minério de Ferro no Vale no Jequitinhonha e Norte de Minas
Em julho de 2008 foi anunciada a descoberta de uma grande jazída de minério de ferro no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha. Essa jazida poderá modificar completamente a realidade da região. Estudos indicam que a reserva da região está entre às maiores do mundo, com estimativa de concentração de 12 bilhões de toneladas.
Segundo Habib Cury o minério de ferro da região de Rio Pardo está localizada logo abaixo da superfície que vai possibilitar a extração com a instalação de minas à céu aberto. E para viabilizar a retirada do minério de ferro o governo vai apoiar a montagem de uma infraestrutura, visando transportar o produto até um porto na Bahia
As reservas estão em 20 municípios da região, incluindo Rio Pardo de Minas, Salinas, Porteirinha, Grão Mogol e outros municípios vizinhos.
Essa reserva pode ser responsável por eliminar o esteriótipo de Vale da Miséria e ajudará a população a obter fonte de renda e melhoria nas condições de vida. Mas existe ainda a preocupação com as políticas públicas que serão adotas para viabilizar essa melhoria e evitar impactos ambientais e sociais desnecessários.

Extração de Minério de Ferro


Fonte: CPRM





Um comentário:

  1. Mineradora para extração de areia, cascalho, quartzo silício, ouro e diamantes em Diamantina-MG (Rio Jequitinhonha).

    Empresa consolidada no mercado há 30 anos extraindo areia, cascalho e quartzo silício por dragas de alcatruzes. Volume de 400 metros cúbicos por hora.

    Somente de quartzo silício são 10.000.000 de toneladas para extração. (Levantamento feito pelo DNPM).

    Licenciamento pronto, faltando apenas pagar as taxas ( R$ 30.000,00)

    Baixo investimento:
    R$ 200.000,00 o investidor terá direito a 15% em contrato sobre a receita líquida. Aceita sociedade em porcentagens maiores.

    WhatsApp: +553598429-9938

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