terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Ex-superintende do DNPM preso ficou menos de 6 meses no cargo


Ex-superintende do DNPM preso ficou menos de 6 meses no cargo

“Não foi por incompetência nem corrupção”, disse o engenheiro de minas Romero César da Cruz Peixoto sobre sua exoneração como superintendente do DNPM há pouco menos de um mês. Na sexta-feira (1), ele foi preso junto com empresários, um vereador e um ex-promotor como parte da Operação Minamata. Peixoto foi nomeado para o cargo de superintendente no dia 15 de maio e ficou no cargo por menos de seis meses, sendo exonerado no dia 9 de novembro. Dois dias depois da exoneração, em entrevista a um programa de rádio ele disse que “estava apenas iniciando o trabalho e que aos poucos estava conhecendo o órgão, seus servidores e inserindo o DNPM numa agenda positiva”.
Segundo um colunista do jornal Diário do Amapá, Peixoto, “que iniciou sua carreira no Amapá como técnico da histórica mineradora Icomi S.A. em Serra do Navio, deverá retomar sua carreira como consultor do setor de mineração”.
Peixoto também já fez parte do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-AP) e conselheiro federal pelo Confea em 2015 e 2016. Em 2006, Peixoto disputou a eleição para deputado estadual do Amapá, pelo Partido Verde (PV), mas não recebeu voto algum.
Minamata
A operação Minamata, da Polícia Federal (PF), cumpriu seis pedidos de prisão preventiva e cinco temporária, entre eles o de Peixoto, emitidas pela Justiça Federal. A investigação apura atividades de uma organização criminosa e um esquema de exploração e comercialização ilegal de ouro no Amapá.
Entre os crimes cometidos pelo grupo, segundo a denúncia, estão condições análogas ao trabalho escravo, degradação ambiental, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Além dos 11 pedidos de prisão, 38 medidas judiciais foram emitidas: 30 mandados de busca e apreensão e oito conduções coercitivas, em Macapá, Santana, Oiapoque, Rio de Janeiro e São Paulo. Também houve bloqueio de R$ 113 milhões em bens móveis e imóveis.
Substituto
Peixoto foi substituído pelo administrador Thiago Regis da Justa Ribeiro, nomeado no dia 9 de novembro deste ano. Apesar de ser sobrinho do ex-deputado federal Antônio da Justa Feijão, que também foi superintendente do DNPM no mesmo Estado, de 2012 a 2014, sua indicação é atribuída à deputada federal Josi Araújo (PTN-AP), atual presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap). Com informações do Diário do Amapá, blogue Conexão Brasília e Diário Oficial da União.
Fonte: FITEM

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