sexta-feira, 23 de março de 2018

Preço do quilate do diamante angolano em máximos de meses

Preço do quilate do diamante angolano em máximos de meses



Angola exportou 620.485 quilates de diamantes em janeiro, a um preço médio por quilate de 136,24 dólares, o segundo valor mais alto desde outubro de 2016.


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  • Agência Lusa

Angola exportou 620.485 quilates de diamantes em janeiro, a um preço médio por quilate de 136,24 dólares, o segundo valor mais alto desde outubro de 2016, indicam dados compilados esta sexta-feira pela Lusa.
De acordo com o último relatório mensal do Ministério da Finanças de Angola sobre a arrecadação de receitas fiscais diamantíferas, as vendas globais atingiram no primeiro mês do ano os 84.535.523 dólares (68,5 milhões de euros).
Estas vendas corresponderam, por sua vez, a 1.331 milhões de kwanzas (cinco milhões de euros) em receitas fiscais arrecadadas pela Estado angolano com a venda de diamantes.
A cotação média de cada quilate de diamante exportado por Angola só é ultrapassada, desde outubro de 2016, pelo registo de novembro passado, quando atingiu os 138,60 dólares.
A comercialização de diamantes em Angola representou vendas brutas de 1.000 milhões de dólares (811 milhões de euros) em 2017, informou este mês o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, que quer melhorar as vendas este ano.
“Para este ano, as projeções têm sempre em conta o preço base, e isto é uma variável exógena que não depende de nós. Queremos ainda assim melhorar o valor do ano passado”, disse Diamantino Pedro Azevedo, que falava aos jornalistas à margem do fórum de auscultação sobre a revitalização da política de comercialização de diamantes brutos no país, realizado a 16 de março, em Luanda.
O governante angolano disse ainda que o setor que dirige pretende melhorar a política de comercialização de diamantes, com vista a atrair mais investimentos.
“Já existe uma política de comercialização. O que nós queremos é melhorar essa política no sentido de, primeiro maximizar as receitas para o Estado, e segundo também acautelar os interesses dos produtores e das empresas de comercialização”.
Por outro lado, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos adiantou o objetivo de “criar incentivos” à instalação de empresas de lapidação de diamantes no país.
“Para isso, precisamos de melhorar toda a cadeia produtiva de exploração, transformação e comercialização de diamantes”, apontou.
Segundo Diamantino Pedro Azevedo, é propósito também do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos melhorar a posição de Angola no contexto internacional, sobretudo na produção e comercialização de diamantes, com vista à maximização de receitas para o Estado.
“E isso pressupõe melhorarmos todos os aspetos que concorrem para o bom funcionamento dessa indústria, e assim como estamos a fazer na parte de prospeção, de exploração e do tratamento deste recurso mineral, também pretendemos fazê-lo na parte de comercialização dos diamantes”, acrescentou.
A Lusa noticiou a 11 de março que a quantidade de diamantes vendidos por Angola subiu quase quatro por cento entre 2016 e 2017, para 9,438 milhões de quilates, mas a quebra na cotação média por quilate permitiu apenas um ligeiro aumento no volume de vendas.
Segundo dados do Ministério das Finanças, em 2017 o país vendeu, globalmente, mais de 1.102 milhões de dólares (890 milhões de euros) em diamantes, um aumento neste caso inferior a 0,5%, face às vendas do ano anterior.
Em 2016, de acordo com os mesmos dados, cada diamante angolano foi vendido, em média, a 121,1 dólares por quilate, valor que em 2017 diminuiu para 117,23 dólares.
Globalmente, as receitas fiscais geradas com a venda destes diamantes, o segundo maior produto de exportação de Angola, subiram 5% entre 2016 e 2017, para 14,7 mil milhões de kwanzas (55,6 milhões de euros), entre Imposto Industrial e ‘royalties’ pagos pelas empresas mineiras.
Segundo o Governo angolano, com a entrada em operação do maior kimberlito do mundo, na mina do Luaxe, na província angolana da Lunda Sul, e de outros projetos de média e pequena dimensão nas províncias diamantíferas das Lundas Norte e Sul, mas também em Malanje, Bié e no Cuando Cubango, Angola poderá duplicar a atual produção diamantífera anual já a partir deste ano.
Fonte: Lusa


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