quinta-feira, 10 de maio de 2018

Assim será a morte do Sol: seu cadáver brilhará por 10 mil anos


Assim será a morte do Sol: seu cadáver brilhará por 10 mil anos

O Sol começou a carreira como uma bola de 1.988.000.000.000.000.000.000.000.000.000 quilos de hidrogênio – que, por sua vez, é um sério candidato a elemento mais sem graça da tabela periódica. Em temperatura ambiente, o átomo com um próton e um elétron é um gás sem cheiro nem cor, que circula pelo seu corpo sem fazer cócegas. Quando esse tanto de hidrogênio é um concentrado em um lugar só, porém, o resultado não é nada monótono.
Primeiro, graças à gravidade, o gás começa a cair sobre si próprio. Você está acostumado a pensar na gravidade como algo que te mantém colado na superfície da Terra, mas isso só acontece porque o nosso planeta tem uma superfície para interromper a queda das coisas. Quando o hidrogênio cai no espaço aberto, por outro lado, ele só encontra mais hidrogênio. E essa nuvem vai ficando concentrada. Cada vez mais concentrada.
Logo, o calor e a pressão transformam o núcleo em uma usina de fusão de hidrogênio: os átomos se unem para formar hélio, um elemento só um pouquinho mais pesado. Esse processo libera uma quantidade mastodôntica de energia, que é irradiada e compensa a atração da gravidade. A estrela recém-nascida se torna uma corda bamba cósmica, que só não desaba sobre si própria por que passa o tempo todo queimando a 15 milhões de graus Celsius.
E assim o Sol vem sobrevivendo há 4,6 bilhões de anos. Estável, pero no mucho. Pela frente, há a mais ou menos a mesma quantidade de tempo – ele está bem no meio de sua vida útil. É daqui a 5 bilhões de anos, quando praticamente todo o hidrogênio do núcleo tiver sido queimado, que a diversão começa.
Na falta de combustível no miolo, o Sol começará a usar o gás disponível em outras camadas, mais próximas da superfície. Aí ele incha. E incha. Incha até engolir Mercúrio, e depois Vênus. Se torna uma monstruosidade chamada “gigante vermelha”. Adeus, Terra. Vamos virar churrasco. Ainda bem que ninguém vai viver pra ver o apocalipse: nessa altura do campeonato, é muito provável que o ser humano já esteja extinto.
Fonte: Super Interessante

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