quarta-feira, 2 de maio de 2018

EUA decidem eximir Brasil de tarifas sobre aço e alumínio


EUA decidem eximir Brasil de tarifas sobre aço e alumínio

A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira, em comunicado, que a administração Trump chegou a um acordo final com a Coreia do Sul sobre a importação de aço, cujos contornos foram previamente anunciados pelo Representante Comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e pela Ministra do Comércio da República da Coreia, Hyun-chong Kim. O governo Trump também chegou a acordos em princípio com a Argentina, Austrália e Brasil em relação ao aço e ao alumínio, cujos detalhes serão finalizados em breve.
Segundo o comunicado, o governo também está estendendo as negociações com o Canadá, o México e a União Européia em 30 dias (1º de junho). Em todas as negociações, o governo americano tem focado em cotas que “restringirão as importações, impedirão o transbordo e protegerão a segurança nacional”.
No dia 25 de março, Trump anunciou tarifas de 25% sobre as importações de aço e 10% sobre as de alumínio depois que um relatório do governo indicou que os embarques estrangeiros dos metais colocam em risco interesses de segurança nacional. O presidente determinou que o representante comercial do país, Robert Lightizer, negociasse, até o fim de abril, com os países que desejam tornar as isenções temporárias em permanentes.
O governo Trump vem pressionando os países para que aceitem cotas no total das exportações de aço e alumínio para os EUA. Em março, a Casa Branca poupou a Coreia do Sul das tarifas depois que Seul aceitou uma cota de 70% da média de suas exportações de aço entre 2015 e 2017.
A adoção de barreiras comerciais provocou temores de uma retaliação semelhante por parte dos países afetados, o que pode minar a confiança do consumidor e impedir a expansão econômica global mais forte em anos. A UE ameaçou reagir contra quaisquer tarifas com impostos sobre produtos americanos icônicos, como as motocicletas Harley-Davidson e o bourbon de Kentucky.
A ameaça do aço abalou as conversações com o Canadá e o México sobre um Acordo de Livre Comércio da América do Norte. Trump cogitou uma isenção permanente como incentivo para chegar a um acordo provisório, embora as negociações continuem sem um acordo imediato à vista.
A decisão de Trump sobre o aço ocorre dias antes de o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e outros membros do gabinete de Trump viajarem para a China em busca de um acordo que afastaria uma disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O presidente ameaçou impor tarifas sobre até US $ 150 bilhões em importações chinesas em retaliação por supostas violações de propriedade intelectual, enquanto Pequim prometeu retaliar.
Fonte: Época Negócios

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