A tendência de queda nos mercados globais continua, e o foco permanece sob o trio dólar-taxas de juros-petróleo. O euro é cotado a $1,179, com leve queda no dia. Já o índice para o dólar tem uma leve alta, a 93,450. A U.S. treasury 10 anos continuou a surpreender, testando novas resistências ao atingir 3,11%, mas bastante confortável em 3,09%-3,10%.
Por último, o petróleo é negociado aproximadamente a US$ 72 o barril, um dia após o relatório de petróleo americano mostrar tendências favoráveis aos preços, com queda nos estoques de petróleo bruto, apesar do continuo aumento na oferta (Veja abaixo).
Além disso, a gigante petrolífera Total, disse que deverá deixar um projeto (acordo de US$ 1 bilhão para desenvolver um campo) se não houver uma isenção dos EUA; pressionando ainda mais a oferta de petróleo, o que reflete em um aumento de preços.
Sem uma agenda relevante para dados macroeconômicos, os investidores devem ficar atentos aos discursos de dirigentes do Fed, como Kashkari (11h45) e Kaplan (14h30).

Brasil

No mercado local, os investidores digerem a manutenção da taxa básica, decisão que foi divulgada ontem (16) pelo Banco Central do Brasil, após o fechamento da bolsa. Os agentes já haviam colocado na conta um corte de 0,25 ponto percentual diante da sinalização do BCB, e agora corrigem suas posições e expectativas. Isso desencadeou uma queda no índice acionário, com quedas mais perceptíveis em ativos de consumo, estes mais sensíveis a mudanças na taxa de juros.
decisão do BCB foi fundamentada pelo maior risco que apresenta o cenário externo, que sobrepôs a inflação em prioridade ao passo que economias desenvolvidas sinalizam uma normalização das taxas de juros. O atual conjunto de riscos é particularmente perigoso para as economias emergentes, e a decisão conservadora do Banco Central se mostra racional diante das incertezas. O mercado de juros acompanha a tendência internacional, e o dólarcontinua a subir, sendo cotado a US$ 3,689.
Fonte: ADVFN