sexta-feira, 29 de junho de 2018

Estados perdem fatia, mas devem ter alta de arrecadação de royalties da mineração


Estados perdem fatia, mas devem ter alta de arrecadação de royalties da mineração

Os governos dos estados deverão terminar o ano com alta das receitas de royalties de mineração, mesmo com dois decretos que diminuíram a fatia deles de 23% para 18%, assinados pelo presidente Michel Temer no dia 12 de junho.
“A redução da participação dos estados é compensada pelo aumento da base de cálculo e das alíquotas”, diz Valdir Farias, diretor-executivo da consultoria Fioito, especializada nesse setor. As empresas mineradoras podiam, até 2017, subtrair alguns custos, como o de transportes, impostos e pagamento do prêmio de seguro do total sob o qual incidiam o valor dos royalties. Esses desembolsos, agora, estão fora da conta.
Nos primeiros cinco meses deste ano, a alta da arrecadação foi de 42%, na comparação com o ano passado. A soma ultrapassa R$ 1 bilhão.
O valor subiu muito para ferro e ouro —os custos de transporte e seguro deste último são especialmente altos— segundo Cínthia Rodrigues, gerente de pesquisa do Ibram (associação do setor).
O dinheiro passará a ser dividido por mais entes —além da cidade de origem do minério, do estado e da União, também receberão municípios por onde o material é transportado.
“Como o bolo total dos royalties aumentou, todo mundo [municípios, estados e União] ganha”, diz Rodrigues.
O dólar mais valorizado e a cotação das commodities também são fatores que fazem a soma recebida aumentar, segundo Farias.
Fonte: Folha

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