Piora percepção de ativos brasileiros
É possível capturar que houve piora da percepção dos investidores sobre os ativos brasileiros a partir do movimento dos caminhoneiros. Isso se reflete claramente pelo comportamento da Bovespa, câmbio e juros. Ontem foi mais um dia tenso para os mercados de risco com a Bovespa em queda de 0,68% e índice em 76.117 pontos, função do estresse cambial com o dólar fechando em alta de 0,72% e cotado a R$ 3,84.
Tivemos bruscas oscilações de Petrobras e o setor bancário despontou como negativo. Petrobras por conta das indefinições de preços dos combustíveis que o governo empurrou para a ANP que fará consulta pública (a definição deve demorar até fins de agosto), indefinições sobre tabela de frete (ANTT vai alterar depois de muitas críticas) e os bancos por conta do comportamento do câmbio e desaceleração da economia.
Hoje mercados na Ásia em alta (exceto Xangai), Europa operando em alta e até acelerando um pouco e mercados futuros americanos novamente no campo positivo. No Brasil, clima tenso deve prosseguir, apesar de existir muito espaço para recuperação.
Na China, as reservas internacionais de maio encolheram US$ 14,2 bilhões, mas estão em US$ 3,11 trilhões, no menor patamar em sete meses. O noticiário dá conta que as discussões comerciais com os EUA evoluíram positivamente. Lembrando que os EUA prometeram colocar lista de sobretaxa até 15 de junho.
Na Alemanha, as encomendas à indústria decepcionaram com queda de 2,5% em abril, quando o projetado era +0,6%, função de mercado doméstico fraco. Mais um índice que mostra desaceleração na Alemanha. Na zona do euro, o PIB do primeiro trimestre em sua terceira leitura mostrou expansão de 0,4% e taxa anualizada de 2,5%. E a Turquia voltou a elevar juros em 1,25%, com a taxa indo para 17,75% e sinalizando que pode acelerar ainda mais. A lira turca observa recuperação hoje.
No mercado, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 1,07% e barril cotado em US$ 65,42. O euro era transacionado em alta de 0,48% para US$ 1,183 e notes americanos de dez anos com taxa de juros de 2,98%. O ouro e a prata mostravam altas na Comex e commoditiesagrícolas com viés de alta. A criptomoeda bitcoin mostrava alta de 2,32% e cotada a US$ 7715.
No segmento local, o STF negou a implantação de voto impresso nessas eleições e o Bacen faz operação de compromissada de 9 meses no valor de R$ 10 bilhões para atender lastros e atuar sobre as taxas mais longas. A FGV anunciou o IGP-DI de maio em forte expansão de 1,64% (anterior em 0,93%) acumulando alta de 3,91% no ano e 5,20% em 12 meses. Matérias primas brutas expandiram 2,80% e o IPA industrial com +2,65%.
Guilherme Afif se lançou candidato nas próximas eleições e o presidente Temer segue pressionado por pedido de quebra de sigilo telefônico (junto com Moreira Franco e Padilha) e pelas decisões erradas tomadas na greve dos caminhoneiros.
No mercado, os DIs começando o dia em alta e dólar novamente estressado em alta de 1,01% e cotado a R$ 3,88. Na B3, investidores de olho em Petrobras e bancos e não significa acompanhar melhor performance externa. O quadro econômico no Brasil nos distancia do exterior.
Bom dia e bons negócios.
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