Incerteza da Economia diminuiu em agosto, mas segue elevada por eleições e exterior, diz FGV
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,5 ponto entre julho e agosto de 2018, para 114,2 pontos. Com o resultado, o indicador persiste na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos) pelo sexto mês consecutivo. “Apesar da leve queda no mês, o Indicador de Incerteza mantém-se em patamar elevado”, afirma Raíra Marotta, pesquisadora da FGV Ibre.
Entre os fatores a sustentar este resultado estão os níveis elevados de incerteza eleitoral, uma vez que não se sabe, por exemplo, se os ajustes necessários de natureza fiscal serão realizados pelo próximo governante, explica.
Há aumento da incerteza também no front externo. A crise da lira turca contribuiu para a elevação da incerteza econômica brasileira, refletindo-se na desvalorização do real frente ao dólar. Dado o cenário atual, espera-se que o indicador continue elevado nos próximos meses, diz a pesquisadora
O recuo do IIE-Br em agosto foi disseminado pelo componente Expectativa. O componente Mídia recuou 0,3 ponto, contribuindo com 0,3 ponto para o comportamento do índice geral no mês; o IIE-Br expectativa recuou 8,2 pontos, exercendo uma contribuição de -1,8 ponto para o índice agregado.
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