O principal índice de ações da B3 recuava nesta quinta-feira, revertendo os ganhos da abertura e caminhando para o quarto pregão seguido de queda, com o quadro eleitoral ainda bastante nebuloso no país e incertezas externas endossando realização de lucros após alta de quase 9% em julho.
A cautela com a disputa presidencial e o cenário exterior ofuscavam resultados corporativos fortes, como o do Banco do Brasil, que divulgou alta robusta do lucro, fazendo a ação saltar quase 4% no melhor momento.
Às 12:09, o Ibovespa caía 0,58%, a 78.695,04 pontos. Nos primeiros negócios, o índice subiu 0,39% e na mínima até o momento recuou 1,26%. O volume financeiro do pregão somava 3,84 bilhões de reais.

Destaques

Banco do Brasil (BBAS3): subia 1,9%, ajudando a atenuar a pressão negativa no Ibovespa, após divulgar mais cedo alta robusta do lucro no segundo trimestre, apoiado em menores despesas com provisões para calotes, maiores receitas com tarifas e na expansão das receitas com crédito para pessoas físicas.
Para a equipe do BTG Pactual, foi um resultado bastante forte e de boa qualidade, com melhora sequencial na margem financeira e queda relevante de provisões.
Engie Brasil (EGIE3): tinha alta de 4,62%, tendo no radar lucro de 589,2 milhões de reais no segundo trimestre, avanço de 20% na comparação anual, conforme a companhia assumiu a operação de hidrelétricas compradas no ano passado e com uma alta de 7,9% nas vendas de energia.
Além de resultado forte, a Coinvalores acrescentou que a companhia divulgou boa distribuição de proventos.
BR Malls (BRML3): cedia 3%, tendo de pano de fundo a alta nas taxas futuras de juros e anúncio de renúncia do presidente do conselho de administração da gestora de shopping centers Claudio Bruni, que ocorreu, segundo a empresa, por motivos pessoais.
O Itaú BBA disse que o anúncio não deve trazer grandes mudanças para a estratégia da empresa, mas considerou a notícia potencialmente negativa, já que Bruni era bem visto pelo mercado e esse movimento não era esperado.
Com Reuters