domingo, 16 de setembro de 2018

Como se formam os diamantes

Como se formam os diamantes

Diamante é uma palavra derivada do grego adamas, que significa indestrutível e o diamante é, na verdade, a substância natural mais dura conhecida pelo homem e, segundo estudos, os primeiros diamantes se  formaram há aproximadamente 2,5 bilhões de anos!
É formado por um único elemento químico, o carbono, e ao contrário da crença popular de que o diamante vem do carvão, ele raramente tem algum papel na formação dos diamantes. Na verdade, na história da Terra, os diamantes surgiram antes do carvão.
Os diamantes encontrados próximo à crosta terrestre são formados através de quatro processos diferentes, conforme ilustração acima.


1.       
Erupções vulcânicas

Formados no manto terrestre e ascenderam à superfície por meio de erupções vulcânicas. São formados sob enorme pressão e temperatura (por volta de 1050 C°),  a aproximadamente 160 km da superfície.
Aqueles formados no manto são estocados em uma zona de estabilidade de diamantes. Erupções vulcânicas muito profundas levam os diamantes à superfície da Terra. Esse tipo de evento é muito raro, sendo que nenhuma erupção desse tipo foi observada, desde que a ciência se tornou capaz de detectá-las. À medida que a mistura de magma, minerais e fragmentos de rocha se aproximam da superfície, uma estrutura de cano começa a se formar. Essa estrutura se chama Kimberlito. Eles são a fonte que os grandes mineradores de diamante procuram.

2.    Formação em Depressão Tectônica

A depressão tectônica ou zona de subducção é uma área onde uma placa tectônica é forçada para baixo de outra. As placas ficam sujeitas à temperatura e pressão muito elevadas. Diamantes já foram encontrados em placas que já estiveram por baixo de outra e, posteriormente, voltaram à superfície; porém, a quantidade encontrada é muito pequena e pouco conveniente para exploração comercial.

3.    Formação em Zonas de Impacto de asteróides

A Terra já foi – e ainda será – atingida repetidas vezes por grandes asteroides. Esse tipo de evento cria temperatura e pressão altíssimas: condições ideais para formação de diamantes. De fato, pequenos diamantes já foram encontrados próximos a zonas de impacto. No entanto, a quantidade ofertada por esse tipo de fonte é praticamente desprezível.

4.    Formação no Espaço

Diamantes também estão perdidos por aí, no espaço e o universo é, sem dúvida, um fornecedor dos mais diversos tipos de materiais e elementos químicos. Existem enormes estrelas de diamantes, chamadas diamantes cósmicos, como a estrela Lucy, na ilustração, em referência à musica dos Beatles “Lucy in the sky with diamonds”. Tecnicamente, esse diamante fica no interior de uma anã branca, que é o corpo que sobra de uma estrela após ela queimar toda sua energia e morrer. Descoberto em 2004, o Lucy, também conhecido como BPM 37093, fica a 50 anos luz da Terra.

CURIOSIDADE

Em 1905, na África, um diamante bruto foi encontrado por Frederick Wells, a nove metros de profundidade, na parede de uma mina, pesando 3.106,75 cts (cerca de 612g). Ele é considerado o maior diamante bruto já encontrado e foi batizado de Cullinan, em homenagem ao dono da mina onde foi achado, Thomas Cullinan.
O Cullinan foi dividido em três grandes partes. Os três pedaços deram origem a nove gemas (Cullinan I ao Cullinan IX) e a noventa e seis pequenos brilhantes. Os diamantes foram lapidados e polidos.
Nove partes resultantes da clivagem do Cullinan.
Das nove gemas principais, que resultaram da clivagem* do diamante Cullinan, as duas maiores pedras foram nomeadas de Great Star of Africa (Cullinan I) e Lesser Star of Africa (Cullinan II). As duas pedras fazem parte das joias da Coroa Real Britânica
Cullinan I no cetro The Sorvereing’s Sceptre. Cullinan II na famosa coroa Imperial State Crown.
*As pedras preciosas tendem a se partir seguindo planos relacionados à sua estrutura atômica. Essa tendência ou propriedade é chamada de clivagem.


Fontes: Geology.com e Livro Diamante: a pedra, a gema, a lenda.

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