Bolsonaro, com 33% dos votos válidos
Pesquisa feita pelo instituto DataPoder360 nos dias 3 e 4 de outubro, por telefone, com 4.000 eleitores em 422 cidades, mostra o candidato Jair Bolsonaro, do PSL, consolidado a liderança no primeiro turno da eleição presidencial, passando de 26% na pesquisa de 19 e 20 de setembro para 30%. Com isso, ele passa a ter 33% dos votos válidos, que excluem os brancos e nulos. Fernando Haddad, do PT, sobe de 22% para 25%, ou 27% dos votos válidos. Ninguém tem, portanto, 50% dos votos válidos para ganhar no primeiro turno, pelo menos até agora.
O terceiro colocado, distante do pelotão de frente, é Ciro Gomes, do PDT, com 15% das intenções de voto, ante 14% na anterior, o que corresponde a 16% dos votos válidos. Geraldo Alckmin, do PSDB, oscilou de 6% para 7% das intenções, ou 8% dos votos válidos. Marina Silva, do Podemos, caiu de 4% para 2%.
A análise, publicada no site Poder360, é que não é impossível Bolsonaro vencer no primeiro turno, como especulam os apoiadores do capitão reformado tendo por base a “onda” iniciada nesta semana e que o fez crescer nas pesquisas, contrariando os ataques e declarações infelizes de assessores. O site lembra que a eleição presidencial só foi concluída no primeiro turno em duas ocasiões após a redemocratização do país, ambas com Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998. Mas, em ambas as eleições, o tucano tinha já quase 50% das intenções de voto nas pesquisas, 48% e 49%.
Para uma definição no primeiro turno, é preciso observar o comportamento não só dos eleitores de Bolsonaro, mas também a proporção de votos brancos e nulos e o índice de rejeição do candidato do PSL. Um número grande de votos anulados aumentaria a proporção de votos válidos dados ao candidato. Já a rejeição pode ser um limitador do espaço de crescimento na reta final.
Olhando os potenciais alvos de Bolsonaro para conseguir os 17% que falta para ganhar no primeiro turno, Alckmin, Álvaro Dias, do Podemos, (4% dos votos válidos) Henrique Meirelles, do MDB (3% dos válidos) e João Amoêdo, do Novo (2% dos válidos) teriam juntos 17%, mas seria preciso mudar a convicção dos eleitores, que dizem que não pretendem mudar seu voto no primeiro turno. A certeza de voto subiu de 75% para 81% no total, o que dificulta essa transferência.
Segundo turno tem vantagem de Bolsonaro
Em um segundo turno, Bolsonaro teria 45% dos votos, contra 42% de Haddad, empatados tecnicamente pela margem de erro de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Já Ciro Gomes venceria Bolsonaro, com 46% dos votos, para 41% do candidato do PSL.
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