De longe a mais popular (e menos prejudicial) droga viciante, a cafeína é o estimulante presente no café, em chás, mates, chocolate e em também em refrigerantes. Também é acrescentada em analgésicos, remédios para resfriados, suplementos para perda de peso e medicamentos usados para agilidade mental.
Em alguns minutos após a ingestão, a cafeína é absorvida no intestino delgado e vai para a corrente sanguínea, sendo levada para todos os órgãos do corpo. Ela aumenta os batimentos cardíacos, estimula o sistema nervoso central, aumenta o fluxo de urina e a produção de ácido gástrico e relaxa a musculatura lisa, que controla os vasos sanguíneos e as vias respiratórias.

Em que a cafeína atrapalha?

Pode causar insônia.

A ingestão de cafeína ao fim do dia pode resultar em uma noite sem dormir, e o consumo em excesso pode causar cafeinismo, uma síndrome cujos sinais são insônia, sensação de ansiedade e irritação, taquicardia, tremores e micção excessiva. Esses sintomas abrandam com a redução gradual da ingestão da cafeína. Entenda ainda como acabar de vez com a falta de sono e dormir tranquilamente todas as noites!

Irritação estomacal.

O estimulante, especialmente no café, aumenta a produção do ácido gástrico. Pessoas com úlcera ou com refluxo gastroesofágico devem limitar o consumo de cafeína.

Reduz a absorção de cálcio.

A cafeína reduz a absorção de cálcio, aumentando o risco de osteoporose, especialmente em mulheres mais velhas.

Pode causar sintomas de abstinência.

A retirada súbita frequentemente causa dor de cabeça, irritação e outros sintomas que variam em gravidade de pessoa para pessoa.

Agrava problemas cardiovasculares.

Pessoas com alguns tipos de doenças cardiovasculares frequentemente recebem a orientação de cortar completamente a cafeína, pois ela pode provocar palpitações ou arritmias. A cafeína também pode gerar leve hipertensão arterial temporária e aumentar a frequência cardíaca.
A cafeína, que pode ser encontrada também em chás e mates, também possui muitos benefícios (Foto: chengyuzheng/iStock)
A cafeína, que pode ser encontrada também em chás e mates, também possui muitos benefícios (Foto: chengyuzheng/iStock)

Em que ajuda?

Apesar de algumas desvantagens, existem benefícios claros e comprovados para a saúde. Uma dose por dia, por exemplo, já melhora o seu humor significativamente e te dá energia para enfrentar a rotina. Afinal, existe combinação melhor do que café e alegria?

Aporte de energia.

Para muitos, uma xícara de café ajuda a “pegar no tranco” de manhã, e pausas para um café dão um estímulo durante o dia, quando a energia começa a faltar.

Pode reduzir o risco de câncer.

Para mulheres, beber mais do que três xícaras por dia reduz em 20% a chance de desenvolver o tipo de câncer de pele mais comum. Em homens, a cafeína também diminui o risco de morte por câncer de próstata.

Afasta a depressão.

Consumir ao menos duas xícaras por dia reduz em 20% a probabilidade de depressão em mulheres.

Melhora o desempenho atlético.

O estimulante na cafeína melhora o desempenho cerebral ao elevar a lucidez e a concentração. Estudos confirmam que 250 mg de cafeína (cerca de duas xícaras de café forte) aumentam a resistência, provavelmente porque a cafeína ajuda a queimar gordura.

Pode ajudar a controlar o diabetes.

Um estudo com 14 mil pessoas na Finlândia mostrou que mulheres que bebiam entre três e quatro xícaras de café por dia reduziam em 29% o risco de desenvolver diabetes. Para homens a taxa é de 27%. Os pesquisadores não têm certeza do motivo, mas suspeitam de que os antioxidantes no café ajudem a liberar insulina

Diminui enxaquecas.

Apesar de o estimulante desencadear enxaquecas em algumas pessoas, quando a enxaqueca ataca, algumas xícaras de café ajudam a aliviar a dor. A cafeína é tão eficiente em ajudar a contrair os vasos sanguíneos dilatados no cérebro que é um dos ingredientes-chave em medicamentos para enxaqueca e cefaleia.

Quem deve limitar o consumo

As seguintes pessoas devem limitar o consumo de café a uma ou duas xícaras por dia. Chá e outras bebidas cafeinadas podem ser liberadas.
  • Pessoas com úlcera;
  • Pessoas com doenças cardiovasculares;
  • Idosos com hipertensão;
  • Mulheres, principalmente grávidas, lactantes ou que têm osteoporose;
  • Pessoas que sofrem de enxaqueca

 Fonte: Seleções