As articulações para o Governo Bolsonaro já estão expostas e os debates já influem no mercado como medidas efetivas. Não é diferente para a maior estatal brasileira, a Petrobras (PETR3; PETR4). A equipe de análise do Bradesco separou 5 pontos essenciais para ficar de olho no período de transição estimado entre 3 a 6 meses, mostra um relatório enviado a clientes nesta semana.
1 – Nova equipe
A manutenção da gestão atual, liderada pelo CEO, Ivan Monteiro, seria uma boa notícia. É importante lembrar, contudo, que mudanças de governo normalmente resultam em trocas na estatal. “Em nosso cenário base, acreditamos que a Petrobras seguirá as leis brasileiras e as rígidas leis de governança na montagem de uma nova equipe de administração”, pontuam os analistas Vicente Falanga e Ricardo França.
2 – Transferência de direitos
O Bradesco espera a aprovação do Projeto de Lei no Senado para concluir a Transferência de Direitos para que o governo organize o leilão do pré-sal em 2019. A expectativa do Bradesco é de aprovação do projeto. “O momento, no entanto, permanece incerto e a aprovação pode ser postergada para 2019. Estimamos que a empresa receba US$ 8 bilhões em dinheiro do governo como um acordo, uma vez que as áreas excedentes forem leiloadas”.
3 – Subsídios para o diesel
O tema, polêmico desde a greve dos caminhoneiros em maio, pode ser retomado nos níveis atuais do câmbio. “Publicações recentes têm sugerido que os subsídios poderiam ser gradualmente removidos antes de expirarem em dezembro de 2018”, argumenta o banco. A remoção pode acontecer antes que a Petrobras precise aumentar o combustível.
4 – Venda de ativos
A retomada da venda de ativos deve fazer com que a venda da NTN (Nova Transportadora do Nordeste), paralisada por uma liminar, avance. “Outras vendas importantes de ativos devem ser concluídas, e embora o tempo para essas vendas permaneça desconhecido, acreditamos que há uma boa chance de que eles sejam anunciados ainda este ano”, avaliam.
5 – Política de preços
Este é, na visão do banco, o ponto menos claro na nova administração. A expectativa é de que o governo permita que o preços flutuem de acordo com os preços internacionais, com mecanismos de hedge para suavizar as variações, mas que no longo prazo mudanças tornem os tributos variáveis no segmento.
Fonte: MONEY TIMES
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