Apreensão com crescimento global dita nova queda semanal Do Ibovespa
Ações14.12.2018 19:51
© Reuters. Pessoas olham gráfico de flutuação de mercado na Bovespa, em São Paulo, Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - A apreensão sobre o ritmo de crescimento da economia global contaminou os negócios na bolsa paulista nesta sexta-feira, com o Ibovespa tendo nova perda semanal antes de uma amplamente monitorada reunião de política monetária do banco central norte-americano na próxima semana.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,44 por cento, a 87.449,50 pontos, tendo oscilado da mínima de 87.106,12 pontos à máxima de 88.183,93 pontos. O giro financeiro do pregão somou 10,8 bilhões de reais.
A queda veio após o Ibovespa subir por três pregões seguidos, período em que acumulou alta de mais de 2 por cento. Com isso, o índice teve queda de 0,76 por cento, ampliando a perda em dezembro para 2,3 por cento.
O pregão foi marcado pelos últimos ajustes para o vencimento dos contratos de opções sobre ações na segunda-feira, o que costuma adicionar volatilidade, já que o exercício tem entre as séries mais líquidas papéis com peso relevante no Ibovespa.
No exterior, Wall St tinha perdas relevantes no fim da tarde, com números chineses mais fracos e dados sinalizando que atividade na Europa continua perdendo, tração reforçando temores de uma desaceleração global mais forte, além dos receios ainda presentes sobre às relações comerciais EUA-China.
Na China, as vendas no varejo cresceram em novembro no ritmo mais lento desde 2003 e a produção industrial aumentou à taxa mais fraca em quase três anos, enquanto a atividade das empresas na zona do euro cresceu em dezembro no menor rimo em mais de quatro anos.
Para a próxima semana, o analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech, disse que as negociações comerciais entre Washington e Pequim tendem a continuar no foco das atenções, dado o potencial efeito na economia global.
Ele ressaltou, contudo, que há grande expectativa para a reunião de política monetária do banco central norte-americano, que acontece nos dias 18 e 19, particularmente o comunicado que acompanhará a decisão na quarta-feira, que pode ajudar a calibrar expectativas para os próximos movimentos de juros.
Alguns membros do Federal Reserve, entre eles o próprio chairman, Jerome Powell, adotaram recentemente um tom mais moderado em relação ao aumentos dos juros nos EUA, o que, somado a números abaixo do esperado sobre a economia norte-americana, corroborou apostas de uma redução no ritmo de alta à frente.
Fonte: ADVFN
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