Na tabela periódica os elementos que são localizados mais à direita tendem a ser mais eletronegativos que os localizados à esquerda. Entre os elementos que possuem alta eletronegatividade o que se destaca é o flúor, que apresenta maior valor desta propriedade periódica. Este elemento pertence ao grupo dos halogênios, ou grupo 17 que tem como maior característica a tendência a atrair elétrons para si ao estabelecer uma ligação. Seu nome deriva do latim “fluere” que significa “que corre” e seu símbolo químico é F. O químico Henri Moissan em 1886 conseguiu isolar pela primeira vez o flúor e em consequência disso foi agraciado com o Prêmio Nobel de Química de 1906. De número atômico 9 e número de massa 19,00 este elemento possui a distribuição eletrônica abaixo:
1s2 2s2 2p5
Pode-se notar que na última camada o flúor apresenta 7 elétrons e isso explica sua alta tendência de atração eletrônica, pois ele está prestes a se estabilizar de acordo com a teoria do octeto.
Mas o que diz esta teoria? Ela explica que os elementos que estão no grupo 18 ou gases nobres não possuem reatividade considerável devido ao fato de possuírem 8 elétrons em sua última camada, com exceção do Hélio (He) que só possui 2 elétrons em todo o átomo. E por consequência todos os outros elementos da tabela periódica tendem a ganhar o perder elétrons (depende do que for mais acessível) para adquirir essa configuração eletrônica. Devemos lembrar sempre que os processos sempre tendem à menor energia e maior estabilidade.
Voltando a falar do flúor podemos citar algumas características básicas como:
- Se encontra no estado físico gasoso nas CNTP;
- Possui coloração amarela;
- Possui cheiro extremamente forte e irritante;
- É extremamente reativo;
- É corrosivo;
- Possui alta toxicidade.
Dos halogênios o flúor é o elemento mais abundante na Terra, sendo encontrado principalmente em alguns minerais como a criolita e a fluorita por exemplo. O flúor também pode ser obtido como subproduto da produção do alumínio entre outros modos menos convencionais. Ele está presente nos CFC’s (clorofluorcarbonetos) que são gases poluentes liberados principalmente pela indústria e que acabam por danificar a camada de ozônio e aumentar o efeito estufa.
Este elemento não possui vital importância para nosso organismo, porém se ingerido em concentrações consideráveis pode trazer danos. Geralmente é ele acrescentado a água nas estações de tratamento como forma de auxiliar nos problemas bucais. Ele possui diversas aplicações e algumas estão listadas abaixo:
- Na composição de cremes dentais e géis dentais para prevenção de cáries;
- Na fabricação do Teflon, de panelas, formas e utensílios em geral;
- Na separação de isótopos do Urânio;
Fonte: CPRM
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