sábado, 19 de janeiro de 2019

Saiba mais sobre o mineral berilo, mais conhecido como esmeralda

Saiba mais sobre o mineral berilo, mais conhecido como esmeralda. As pedras preciosas sempre encantaram a maioria das pessoas. Seja por sua beleza descomunal, seus valores exorbitantes ou o status que agregam a quem as tem.
Por qualquer dessas razões, gemas preciosas ainda são altamente apreciadas hoje em dia, mesmo com o alto nível de qualidade encontrado em bijuterias e semijoias, ou por conta daquele velho argumento de que ”é fora de moda” ou “desnecessário” ter joias ou pedras preciosas hoje em dia.
Balela! Mas, ainda assim, pouco se sabe ou se pesquisa sobre a história ou extração desses minérios. A seguir, mais sobre a história e extração de um dos mais importantes: o berilo.

História

Uma das gemas mais conhecidas e utilizadas na fabricação de joias – especialmente colares, anéis e brincos – é a esmeralda. Ainda que seja mais conhecida pela coloração esverdeada, existem outras variações de tal pedra. Ela é também conhecida como berilo – um mineral ainda chamado de ciclossilicato de berílio e alumínio. A etimologia do termo berilo vem de muito tempo atrás: derivada do grego beryllos, que significa “bela cor azul-esverdeada da água do mar”. E não é à toa, já que sua variante mais conhecida é a esmeralda de cor verde. Ainda assim, temos outras variações também conhecidas e valiosas como:
  • Esmeralda vermelha (ou berilo vermelho);
  • Água-marinha (ou berilo azul);
  • Morganita (ou berilo rosa);
  • Berilo dourado;
  • Gochenita (ou berilo incolor, raramente utilizado como gema);
  • E o amarelo-esverdeado, conhecido como heliodoro;
O tamanho dos cristais desse mineral varia muito: pode ir de pequenas gemas a pedras gigantescas – a título de curiosidade o maior já encontrado pesava 61 toneladas!

Berilo = Esmeralda
Berilo = Esmeralda

Extração do Berilo

Tipos de berilo e onde são encontrados

Existem dois depósitos principais de berilo ao redor do mundo: os do tipo vulcânico – quase que estritamente restrito aos Estados Unidos, que são portadores da bertrandita(que é um outro mineral que contém o elemento químico berílio) – e o tipo granítico, que é portador do berilo comum ou industrial.
Este último tipo é muito comum no Brasil, onde existem três grandes depósitos do berilo. Eles ficam nos estados da Bahia (tipo granítico e placers aluviais – água marinha), Rio Grande do Norte (tipo granítico) e no Espírito Santo e sudeste de Minas Gerais (placers aluviais – água marinha).
Ainda, no Brasil, temos depósitos de grande importância na produção do berilo verde ou, como é mais comumente conhecido, esmeralda. Ficam na Bahia, Goiás e Minas Gerais.

A extração do berilo

Com relação à extração do mineral propriamente dita, podemos dizer que ele é produzido como um subproduto ou coproduto de outras extrações. Isto porque os locais onde o berilo é mais comumente encontrado também possuem depósitos de outros minérios do tipo pegmatítico – que também é o tipo do berilo. Ou seja: nunca se faz a extração do berilo por si só, uma vez que representa apenas uma pequena parte dos minérios que são encontrados numa mesma rocha, que é geralmente composta de quartzo e mica.
Para que o processo de extração do berilo funcione, geralmente aplicam-se métodos de lavra realizados a céu aberto: nestes métodos, o corpo mineral é fatiado de acordo com a sua profundidade, de forma a acessar o pegmatito (massa mineral onde está o berilo e outros minerais em maior quantidade).
Pode acontecer de ser necessária uma lavra subterrânea. Neste caso, é desenvolvido um túnel ou poço de forma a acessar o pegmatito, abrindo galerias ao longo do corpo da rocha. Dependendo da dureza destas rochas, é necessário o uso de explosivos para abrir caminho. Em rochas mais maleáveis e brandas, o acesso pode ser feito com o uso de ferramentas manuais ou mecânicas.
Para selecionar o berilo do restante dos minérios, é feita uma catação manual – que acontece geralmente na frente da própria lavra.


Fonte: CPRM

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