Surpresa! A camada de meteoritos
Existem certas ideias que estão à vista de todos, mas só percebemos quando alguém escreve ou fala a respeito.
É o caso dos meteoritos da Antártica que iremos contar.
Qual o melhor lugar do mundo para caçar meteoritos?
Todos sabemos que não existe lugar melhor do que no gelo da Antártica. Na imensidão branca e gelada qualquer meteorito, geralmente escurecido pela entrada na atmosfera, é imediatamente visto pelos pesquisadores.
É por isso que todos os anos várias expedições coletam grandes quantidades de rochas vindas do espaço. Desde 1976 foram recolhidos mais de 34.927 meteoritos na Antártica.
Mas a pergunta que queremos discutir é: o que realmente acontece com os meteoritos que caem no gelo?
Será que eles ficam parados, estacionários, ou vão, aos poucos afundando e se deslocando com os movimentos do gelo?
Os últimos estudos mostram que os meteoritos vão afundando no gelo conforme o tempo vai passando ao mesmo tempo em que o gelo migra. Agora coloque nesta receita, alguns milhões de anos e veremos que os meteoritos, no caso da Antártica, são transportados com o gelo por longas distâncias ficando, finalmente aprisionados nos sopés das montanhas Transantárticas. Na base destas montanhas o forte vento vai destruindo camada após camada de gelo deixando, isso mesmo, os meteoritos aflorando.
Trata-se de um processo longo que está literalmente criando strand lines de meteoritos assim como os strand lines de minerais pesados que conhecemos ao longo das costas oceânicas.
E é exatamente nestes sopés que os pesquisadores se concentram, achando dezenas de milhares de meteoritos que estão, pouco a pouco, sendo expostos pelos ventos.
Esta teoria de afundamento e transporte explica o porquê da quase ausência de meteoritos ferrosos na Antártica. É que eles, por serem mais densos, mergulham mais fundo no gelo do que os meteoritos rochosos.
Existe, portanto, uma camada rica de meteoritos ferrosos abaixo da superfície da Antártica que ainda está por ser descoberta.
Os pesquisadores acreditam que ela pode estar a poucos metros da superfície...
Quem será o primeiro a testar esta hipótese?
Fonte: Portal do Geologo
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