quarta-feira, 6 de março de 2019

FALANDO UM POUCO SOBRE OPALA

FALANDO UM POUCO SOBRE OPALA







A cidade tem como principal produto de sua economia a extração de pedras semipreciosas, com destaque para as minas de opalas, que são as mais belas e puras encontradas em todo o solo brasileiro. Também se destaca um rico artesanato à base de fio de algodão, que dão origem a belas tapeçarias e redes.
 FALANDO UM POUCO SOBRE OPALA
OPALA - a origem do nome é uma palavra sânscrita, "Upala", que significa pedra preciosa. Sua característica principal é a sua opalescência, que é um fenômeno de irisação em forma de arco-íris que varia segundo o ângulo em que se olha. Há algumas décadas as principais minas se estavam na Austrália, hoje porém o principal produtor mundial é o Brasil com sua jazida na cidade de Pedro II  no Piauí. Muitas opalas brasileiras são levadas para a Austrália e lá vendidas como "australianas".
As opalas são pedras conhecidas pela sua grande variedade de cores na mesma pedra. Seu jogo de cores varia segundo o ângulo em que se olha. Há tempos atrás, estas cores eram explicadas como sendo uma refração da luz sobre lâminas muito finas. Hoje sabemos que são minúsculas esferas do cristal cristobalita inclusos em uma massa de sílica. Opalas de elevada qualidade chegam a ser mais valiosas que os diamantes, podendo chegar a U$ 20.000 por quilate.
TIPOS DE OPALA
A Opala Nobre tem um corpo branco com brilho de várias cores. A Opala Negra pode ser preta, azul escura, verde escura ou cinzenta com vivo brilho de várias cores (vermelho, rosa, verde garrido). Ocasionalmente pode ser tingida noutras cores. A opala simboliza a fé, a abundância e a pureza. Na idade média, loiras raparigas jovens usavam opalas nos cabelos para as proteger. Escritores medievais acreditavam que o uso das opalas dava poder da invisibilidade. Dizia-se ainda que tinham efeito benéfico sobre a visão, afastavam os espíritos maus, favoreciam as crianças, o teatro, as diversões, as amizades e os sentimentos. As opalas devem ser tratadas com cuidado, evitando riscos, produtos químicos e elevadas temperaturas. Para manterem o brilho, devem ser limpas com um pano macio. Não devem ser limpas na ultrasónica. As principais opalas são de origem australiana, mexicana e norte-americana.
OPALAS DE PEDRO II
A opala de Pedro II apareceu, por acaso, no final dos anos de 1930, quando um senhor conhecido por Simão, que na época estava fazendo um roçado em um lugar denominado “Crispim” (onde hoje é a grande mina do “Boi Morto”), era época da limpa da mandioca no referido roçado. A pedra foi levada a capital, Teresina, e lá mostrada a um engenheiro, sendo confirmada como opala, uma pedra semipreciosa.
         Em Pedro II, já foram encontradas opalas de aproximadamente 30 minas diferentes, tendo como principais, as minas do Boi Morto, Roça dos Pereiras, Bom Lugar e Centro. Em 50 anos de exploração, tendo sido encontradas já várias toneladas de opalas, estudos feitos pela CPRM, comprovam que ainda restam 80% das reservas de opalas do subsolo pedrossegundense.
Em Pedro II, devido a sua grande diversidade de minas, encontra-se uma incrível variedade de opalas, com as mais diversas cores, formas e tamanhos, encontradas nos aluviões do Rio Corrente às planícies da Chã do Lambedor e aos desfiladeiros do Boi Morto. A opala mais famosa pesou 4,3 quilos e foi encontrada na Mina Pajeú, em 1996. Tudo isso proporciona rara oportunidade aos turistas que visitam Pedro II, de conhecerem e vivenciarem toda esta diversidade em atividade. São mais de 500 a 600 garimpeiros que sobrevivem da extração de opalas e de vez em quando encontram a sorte quando encontram uma gema de excepcional qualidade.
Atualmente uma opala de qualidade extra, os garimpeiros chegam a vender por até R$ 300,00 o grama.
Depois estas opalas são lapidadas e transformadas em jóias que estão à venda em algumas lojas da Cidade, montadas em prata 950 ou em ouro 18 K. Também é impossível uma visita às lapidações de opalas, onde é possível conhecer todo o processo de beneficiamento desta tão rara pedra semipreciosa, desde sua extração, onde as pedras são encontradas de forma bruta, até sua lapidação, feita ainda de forma artesanal e rudimentar.
Ao longo das sertanias foram instaladas minas que se multiplicaram e movimentaram o comercio de extração dos minérios, uma das maiores fontes de renda do município. As opalas são lapidadas e usadas para compor brincos, anéis, pulseiras, colares e usado também como talismã energético, por sua grande concentração de luz.
ARTESANATO
A nossa história começa por um fio...
Até estarmos prontos para tecer nosso próprio destino, até que cortem nosso cordão umbilical, é um fio que nos dá a vida no ventre materno.
Talvez por isso, a história da tecelagem é sempre relacionada à figura feminina. Através do tempo, personagens mitológicos e princesas de conto de fadas protagonizaram tramas ligadas ao tear, ao fio. Fios que percorrem a existência humana e que através das mãos das mulheres eternizam uma das mais belas e simples atividades criativas do ser humano, o tecer.

Algumas mulheres de Pedro II, ainda dão continuidade a essa arte, mantendo viva uma tradição secular iniciada em 1895, com a chegada do Padre Joaquim de Oliveira e das irmãs Honorina, Mariana e Severa. Passando de mão em mão, de tear em tear, fio a fio, elas garantem a beleza e a originalidade de suas criações. A intuição e a sensibilidade dessas tecelãs dão cores, formas, texturas e resgatam o rico imaginário dos povos que viviam nas cavernas e grutas da Lapa.
Alternativa de ocupação e renda na sociedade piauiense, o artesanato tem importância secular. Em Pedro II encontramos alguns dos mais expressivos centros de produção de tecelagem manual do Estado do Piauí. Ali se confeccionam de forma constante, redes, mantas, mochilas, tapetes, bolsas, almofadas e cobertas.
A fabricação de redes apresenta-se como um potencial para o investimento no Município de Pedro II. Do setor, resulta um produto de grande atratividade turística para a região, confeccionado por artesãs que são famosas pela qualidade dos seus produtos.  Atualmente, existe uma Cooperativa Artesanal de Redes de Pedro II, fundada em 1978, que trabalha no sentido de organizar e orientar as mulheres rendeiras (que fazem redes), principalmente no que diz respeito ao atendimento da demanda existente no setor econômico e a busca do melhor mercado consumidor para os produtos gerados com a atividade artesanal.
Utilizando-se de técnicas artesanais os artesãos de redes de Pedro II, apresentam uma produção média de redes mês em torno de 371 redes/mês, cada. Os tipos mais produzidos são redes de linha e redes solo a solo. A matéria-prima utilizada é adquirida no próprio município e segundo os produtores pesquisados, não há dificuldades para adquiri-la.
Apesar da maior parte da produção de rede de Pedro II ser destinada a venda em outros mercados, fez um levantamento no mercado municipal com o objetivo de traçar algumas características do segmento de redes.
No levantamento constatou-se que os comerciantes comercializam o produto fabricado no próprio município, comprado diretamente do produtor, sendo os tipos mais vendidos, a rede solo-a-solo (80% da demanda) e a rede fio-a-fio 20%.
60% suprem seus estoques com freqüência semanal, 20% semanal e 20% mensal.
Não há dificuldades para se encontrar o produto no município e a relação dos comerciantes com seus fornecedores é considerada satisfatória.
Ao contrário da forma de compra (onde 90% dos comerciantes compram a prazo) a forma de venda mais praticada por eles, é a venda a vista (90%).
Os comerciantes acreditam que o setor será fortalecido com mais investimentos que possibilitem aumento na escala de produção; instalações mais adequadas para a produção; subsídios para a exportação e financiamentos (capital-de-giro).
A economia da cidade é ainda alimentada com a venda de outros produtos, para cidades e estados circunvizinhos, como: o couro caprino e bovino, o pó e a cera da carnaúba, castanha do caju, mel de abelha, tomate, pimentão, farinha de mandioca, fava, milho em grão e dentre outros produtos.



Fonte: Portal do Geologo

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