Biografia de Maomé
Maomé (570-632) foi um profeta muçulmano, chefe militar e legislador, fundador da religião muçulmana e do império árabe.
Maomé (Mohammed) nasceu em Meca, na atual Arábia Saudita, no dia 22 de abril do ano 570 da era cristã. Filho de Aminah e de Abd Allah, do clã Hashim, uma ala pobre da tribo coraixita. Ficou órfão de pai mesmo antes de nascer e com seis anos perdeu sua mãe. Ficou sob a tutela de seu tio Abu-Talib, coletor de impostos e mercador que o iniciou nas artes do comércio.
Em poucos anos Maomé torna-se experiente em realizar caravanas. Acompanhava o tio até a Síria, lutava contra os assaltantes e tomava grandes decisões. Sua honestidade valeu-lhe o apelido de “Al-Amín” (o leal).
Aos 25 anos era um dos diversos beduínos que andavam pelo deserto em lombo de camelo. Com essa idade casa-se com sua prima Kadidja, rica, viúva e 15 anos mais velha do que ele. Dos quatro filhos que tiveram, três morreram ainda criança. A única sobrevivente foi Fátima.
A Arábia Politeísta
Nessa época, a Arábia sofria várias influências externas, tanto do cristianismo de Bizâncio como as ideias religiosas dos judeus, dos abissínios e dos persas. Meca era um importante e próspero centro comercial e religioso, que abrigava na Caaba, uma pedra que se acreditava enviada do céu, todos os ídolos de todas as tribos da península e os deuses da religião de todos os chefes de caravanas de beduínos que ali passavam.
Revelação do Arcanjo Gabriel
Quando tinha cerca de 40 anos, preocupado em restabelecer a religião monoteísta de Abraão, Maomé subiu ao monte Hira para meditar, quando teria tido uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revelou a religião que deveria professar. A voz que vinha do céu dizia: “Maomé, tu és o enviado de Deus”.
Alcorão
Na segunda revelação Maomé teve a certeza que ele era o profeta de Deus e que teria sido enviado para prevenir seu povo contra a idolatria para que pudessem encontrar o verdadeiro Deus. As revelações místicas foram transcritas e reunidas por Maomé e, no ano 650, formou com elas o Corão ou Alcorão (Al Quran), livro sagrado muçulmano, com um total de 114 capítulos e 6.226 versículos.
A nova religião foi chamada de islamismo ou Islã, que significa “submissão à vontade divina”, e seus adeptos muçulmanos. Aqueles que acreditassem e obedecessem as leis do Corão seriam recompensados com o paraíso, enquanto os que rejeitassem sua mensagem seriam castigados no inferno.
Pregações
Em 613, Maomé começa a pregar o monoteísmo dirigindo-se a um pequeno número de parentes e amigos. Por volta de 616, ele torna pública sua mensagem relativa à existência de um único deus e todo-poderoso, chamado em árabe de Alá, mas logo acumula opositores, especialmente entre a rica classe de comerciantes.
Maomé e seus seguidores foram perseguidos. Muitos muçulmanos migraram de Meca para Medina e o próprio Maomé refugia-se no deserto, no castelo de Abu Talib. Essa migração conhecida como Hégira, ocorreu em 16 de julho de 622, marcando o início do calendário islâmico.
A Conquista de Meca
Em 624 Maomé ordena que as orações não sejam mais rezadas em direção a Jerusalém, mas a Meca. Nesse mesmo ano vence seus opositores na batalha de Badr. Em 629 Maomé é oficialmente reconhecido “profeta de Alá” pelos habitantes de Meca e para lá vai, em peregrinação, demostrando que o Islão se tornaria uma religião árabe. Em 630 Maomé marcha sobre Meca e destrói todos os ídolos pagão adorados em Meca, faz da Caaba santuário muçulmano e proclama Meca a “Cidade Santa do Islão”.
Morte
No auge do poder, Maomé faleceu em Medina, na Arábia, no dia 8 de junho de 632. Sem deixar filho homem, a chefia do Islão passou a Abu-Bekr – o primeiro califa – que havia sido um dos primeiros muçulmanos e permanecera ao seu lado.
Fonte: eBiografia
Biografia
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