OPALA NOBRE
A Opala é sílica amorfa hidratada, o percentual de água pode chegar a 20%. Por ser amorfo, ele não tem formato de cristal, ocorrendo em veios irregulares, massas, e nódulos.
A opala pode ser branca, incolor, azul-leitosa, cinza, vermelha, amarela, verde, marrom e preta. Frequentemente muitas dessas cores podem ser vistas simultaneamente, em decorrência de interferência e difração da luz que passa por aberturas regularmente arranjadas dentro do microestructura do opala, fenômeno conhecido como jogo de cores ou difração de Bragg. A estrutura da opala é formada por esferas de cristobalita ou de sílica amorfa, regularmente dispostas, entre as quais há água, ar ou geis de sílica. Quando as esferas têm o mesmo tamanho e um diâmetro semelhante ao comprimento de onda das radiações da luz visível, ocorre difração da luz e surge o jogo de cores da opala nobre. Se as esferas variam de tamanho, não há difração e tem-se a opala comum.
O termo opalescência é usado geral e erroneamente para descrever este fenômeno original e bonito, que é o jogo da cores. Na verdade, opalescência é o que mostra opala leitosa, de aparência turva ou opala do potch, sem jogo de cores.
As veias de opala que mostram jogo de cores são freqüentemente muito finas, e isso leva à necessidade de lapidar a pedra de modos incomuns. Um doublet de opala é uma camada fina de opala colorida sobre um material escuro como basalto ou obsidiana. A base mais escura ressalta o jogo de cores, resultando numa aparência mais atraente do que um potch mais claro. O triplet de opala é obtido com uma base escura e com um revestimento protetor de quartzo incolor (cristal de rocha), útil por ser a opala relativamente delicada. Dada a textura das opalas, pode ser difícil obter um brilho razoável.
A opala é um gel que é depositado em temperatura relativamente baixa em fissuras de quase todo tipo de rocha, geralmente sendo encontrado nas formações ferro-manganesíferas, arenito, e basalto. Pode se formar também em outros tipos de materiais, como nós de bambus.
Existem opalas sintéticas, que estão disponíveis experimental e comercialmente. O material resultante é distinguível da opala natural por sua regularidade.
As variedades de opala que mostram jogo de cores, as opalas preciosas, recebem diverso nome; do mesmo modo, há vários tipos de opala comum, tais como: opala leitosa (um azulado leitoso a esverdeado); opala resina (amarelo-mel com um brilho resinoso); opala madeira (formada pela substituição da madeira com opala); Mielite (marrom ou cinza) e hialita, uma rara opala incolor chamada às vezes Vidro de Müller.
Jazidas
A opala, pedra preciosa conhecida por produzir lampejos das sete cores do arco-íris, tem sua maior jazida brasileira na cidade piauiense de Pedro 2º.
Encontrada também em países como Austrália, México, Honduras, Estados Unidos, Eslováquia, Polônia e Hungria.
Dureza de 5,5-6,6. escala de Mohs
Preferida por muitos por desenvolver os poderes extrasensoriais, a Opala é excelente para despertar a intuição e a criatividade.
RESUMO:
A palavra opala vem do sânscrito “upala” e quer dizer pedra preciosa. A pedra demora 150 milhões de anos para se formar. Há opalas que, por sua pureza e qualidade, podem valer quase o mesmo que um diamante.
Em Pedro II, as pedrinhas têm histórias preciosas. Dizem que Foram descobertas ali por acaso, quando um agricultor, ao extrair uma mandioca da terra, viu que a raiz trazia emaranhadas pedras das quais emanavam diferentes cores, nos anos 50.
Durante anos, os pedrossegundenses não só não davam valor às opalas como maldiziam essas pedras. Isso até que um garimpeiro apelidado de Simão ignorou a crendice popular e decidiu seguir no caminho da extração e da venda dessas pedras, de discreta beleza. Dizem que ele, com sabedoria caipira, costumava dizer: a opala só traz má sorte a quem não a acha.
Conta-se também que, nos anos 60, os moradores avistaram óvnis nas redondezas de um lugar chamado Crispim. No fim da história, dizem os locais, eram helicópteros com australianos que vinham conferir a opala achada onde fica a mina do Boi Morto, a maior e mais importante da região.
Mas, dizem os locais, os “gringos” não pararam por aí com seu afã de levar as pedrinhas. E teriam encontrado outra maneira de carregá-las, com a ajuda inocente de João Araújo, ou o mestre Araújo. E queriam santos ocos, para que as imagens “não pesassem tanto no avião”. Mas, uma vez entregues, os santos -imagina-se que recheados de opalas- eram levados ao exterior.
Fonte: Portal do Geologo
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